quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Como vencer o pecado da pornografia?




Não me delongarei grandemente no assunto proposto, pois muito já se tem dito sobre a pornografia, de modo que pretendo ser bastante direto.

Já disse certo autor que a diferença entre os "grandes cristãos" e os de nossos dias, é que aqueles tinham a consciência de que eram fracos, enquanto nós sustentamos a falsa ideia de que somos fortes. Ele estava certo.

A tentação às coisas pornográficas, sejam elas pelo computador ou andando pela rua e cobiçando as mulheres alheias (seja você casado ou não), quase sempre acontece nos momentos em que nós pensamos: "não vai acontecer nada" Sim, não minta para você mesmo. Nós homens (mas sem excluir as mulheres) sabemos que as inúmeras vezes em que caíamos neste pecado, há íntima relação com uma falta de confiança no Espírito Santo do Senhor, de maneira que quando nos apercebemos, já estamos envoltos ao pecado.

Sobre este "caminho a percorrer" até a consumação do pecado, bem delineou o salmista em seu Salmo 1. Assim lemos: "Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores" (Sl 1.1).

Observemos como em primeiro lugar, existe o ouvir do conselho dos ímpios, isto é, aqui em nosso assunto, passamos a ouvir as conversas ímpias sobre prostituição, fornicação, pornografia, traição (no local de trabalho, faculdade, antigos colegas...) e isto acaba sendo, por vezes, colocado em nossas vidas como algo bom, desejável e glorioso - mesmo que saibamos não ser assim! Em segundo lugar, se damos ouvidos ao conselho dos ímpios, logo nos detemos nos seus caminhos e passamos a cogitar a possibilidade de praticar tal pecado, afinal, parece ser algo tão bom! Em terceiro lugar, se já seguimos os passos anteriores, então acabamos por nos assentarmos junto aos escarnecedor e cometemos os mesmos pecados que eles.

Voltando ao perigo de nos acharmos fortes, se visualiza, então, que o primeiro passo para se vencer o pecado da pornografia, é reconhecer que, sem Deus, nada podemos fazer, conforme o Filho já nos disse: "sem mim nada podeis fazer" (Jo 15.5). Mas este passo continua, de modo que devemos, igualmente, reconhecer que não venceremos esta tentação. Explico.

É comum os cristãos interpretarem a Escritura de maneira equivocada, como, por exemplo: "Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós" (Tg 4.7). Daí o crente deduz que, se ele resistir durante algum tempo às tentações, chegará o momento em que o Diabo não mais o tentará. Entretanto, em sintonia com o restante das Escrituras, aprendemos que as tentações são umas das fontes de Deus para nos fortalecer - "Bem-aventurado o homem que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam" (Tg 1.12). 

Ademais, devemos lembrar que a Escritura registra o brado do apóstolo, nos mostrando que até mesmo os mais ilustres cristãos passaram por sequências de desastres espirituais: "Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado. Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço. E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim [...] Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte? Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado" (Rm 7.14-17; 24-25). É evidente que o apóstolo não está afirmando que existem "crentes carnais", mas sim que naturalmente o homem é vendido ao pecado e que por isso, enquanto aguardamos ansiosamente a redenção desta vida (Rm 8.22-23), percebemos o quão necessitados somos de Cristo, de maneira que quando damos vazão à natureza pecaminosa, fazemos o que sabemos ser pecado e não realizamos o que temos a ciência de ser santo e agradável ao Senhor.

Portanto, um grande erro cristão é crer que ele pode viver sem determinadas tentações. Crente, por favor, ore ao Senhor e tenha a certeza de que, mesmo sendo você livre de certas ciladas do inimigo, sempre este investirá contra a vida dos Seus santos, "porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar" (1Pe 5.8). 

É preciso lembrar, outrossim, que se hoje você é jovem e é tentado com a pornografia, não espere que a idade faça você perder estes desejos, afinal, a natureza pecaminosa, ainda que "perca suas forças sexuais" com o passar do tempo, ela se manterá muito firme em sua mente, de maneira que não se deve ver o definhar do corpo físico como sinônimo de santidade ou livramento do pecado, pois a Escritura é certeira: "E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente" (Gn 6.5 - grifado agora). Lembrando, também, do que nos diz Jesus: "A candeia do corpo é o olho. Sendo, pois, o teu olho simples, também todo o teu corpo será luminoso; mas, se for mau, também o teu corpo será tenebroso" (Lc 11.34).

Bem, mas como, então, podemos fazer para vencer esta terrível tentação e que a tantas vidas e famílias têm destruído? Você deseja uma resposta sincera ou uma paliativa, isto é, momentânea? Se deseja algo para este momento de crise, então a resposta é objetiva, bastando seguir alguns passos:

- pare de usar o computador; sim, possivelmente você pode - lembre de que é melhor entrar no Reino dos céus aleijado, do que ir com todo o corpo para o inferno (Mc 9.43)
- se você realmente não tem opção, então peça para alguém lhe supervisionar - é melhor confessar o pecado e ser sarado (Tg 5.16), do que viver na falsidade e pecado.
- sendo casado, converse com seu cônjuge e exponha sua dificuldade - você tem a obrigação de fazer isso (clique aqui para ler um texto importante neste sentido) e seu cônjuge é seu melhor amigo, de maneira que o poderá sustentar e ajudar.
- procure transitar por ruas onde a "poluição visual" seja menor.
- limite seus passatempos e amizades, a fim de poder ser fortalecido.

Todavia, se o seu desejo é realmente ser livre (sem excluir os conselhos acima), eu recomendaria uma única coisa: ore, meu irmão(ã). Não existe nenhuma receita para "nunca mais ter problema com a pornografia" e eu não ousaria lhe dar "10 passos" ou "20 coisas para fazer", como se isto fosse resolver este pecado. Entenda, porém, que a Escritura nos é firme em nos dizer que nós sempre lutaremos contra o pecado, afinal, "a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis" (Gl 5.17). Quer dizer, não espere nunca mais ter dificuldades com a pornografia.

Ademais, a Escritura nos dá uma série de exortações neste sentido de manter a oração e demonstra firmemente que, enquanto estivermos nesta terra, precisaremos buscar muito ao Senhor. Convém, porém, lembrar das santas palavras, sempre que você incorrer neste pecado: "Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras" (Ap 2.5).

Em tempo, ainda, não raro a pornografia é a primeira porta para demais desgraças, conforme lemos: "Um abismo chama outro abismo" (Sl 42.7). Fuja da aparência do mal (1Ts 5.22)!

Para alentar os corações que constantemente caem neste pecado, é bem verdade que a Bíblia diz, "vai-te, e não peques mais" (Jo 8.11), mas também nos dá o conforto: "Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus" (Sl 51.17).

Portanto, da próxima que pecar com a pornografia, vá até Cristo e n'Ele busque guarida, porque como nos diz o salmista, "Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos" (Sl 119.71) e também como Davi, o qual após numerar a Israel e reconhecer o seu pecado, firmemente expressou: "Então disse Davi a Gade: Estou em grande angústia; caia eu, pois, nas mãos do Senhor, porque são muitíssimas as suas misericórdias; mas que eu não caia nas mãos dos homens" (1Cr 21.13 - grifado agora). 

Melhor nos será ser castigado por Deus e sofrer certas disciplinas, "Porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer que recebe por filho" (Hb 12.6), do que nos afastarmos d'Ele e ficarmos sem correção, afinal, "se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos" (Hb 12.8)

Que Deus abençoe a todos os cansados e abatidos. Que Ele nos encha de um profundo senso de pecaminosidade, a fim de sempre buscarmos ao Seu Filho, o qual pela Igreja se entregou (Ef 5.25) e por ela tudo venceu. 

Deseja vencer este pecado da pornografia? Então obedeça a Escritura, poiis "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça" (1Jo 1.9).

FONTE: BLOG 2 TIMÓTEO 3.16 (Filipe Machado)-. 

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

O TESTE DA FÉ (TIAGO 1:1-4)

 "Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos da Dispersão, saúde. Meus irmãos, tende por motivo de grande gozo o passardes por várias provações, sabendo que a aprovação da vossa fé produz a perseverança;  e a perseverança tenha a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, não faltando em coisa alguma." Tiago 1:1-4

Quem foi Tiago? Existem vários homens no Novo Testamento com esse nome. Mas sabemos que este Tiago não era o apóstolo, irmão de João, porque ele foi martirizado em 44 dC. A grande maioria dos estudiosos concordam que o autor  desta carta foi o meio-irmão de Jesus (Mt 13:55). A princípio, ele não acreditava em Jesus como Senhor, até Jesus aparecer para ele depois da ressurreição (Veja João 7:5; 1 Cor 15:7). Ele se tornou líder da igreja em Jerusalém nos anos após o dia de Pentecostes (Gl 2:9; At 15:13-29; 21:17-25). Ele ficou conhecido como "Tiago, o justo" por causa da sua conhecida santidade.

Tiago poderia abrir esta carta dizendo: " Tiago, o filho da virgem Maria, irmão de ninguém menos que Jesus Cristo. Eu cresci com ele! Eu o conhecia muito antes que ficasse famoso". Mas, Tiago (1:1) e seu irmão Judas (Jd 1), ambos abriram suas cartas chamando-se de servos! Servo significa "escravo". Eles eram escravos de Cristo, viviam para fazer a vontade dos seus donos. Ao mencionar Deus e Jesus Cristo, Tiago afirma a divindade de Jesus, colocando-o em pé de igualdade com Deus.

Tiago escreveu esta carta para "às doze tribos da Dispersão". Isso identifica seus principais leitores como judeus que viviam foram de Israel. Eles são seguidores de Cristo, apesar de adorarem em sinagogas (2:2- é literalmente "sinagoga"). É provável que Tiago foi o primeiro livro do Novo Testamento escrito, talvez por volta do ano 47 (antes do concílio de Jerusalém em 49).  Alguns dos leitores provavelmente tinham sido membros da igreja em Jerusalém, mas eles se dispersaram para muitos locais por causa da perseguição que surgiu após a morte de Estevão (Atos 8:1; 11:19-20).  Estes irmãos estavam passando por grandes dificuldades. Alguns estavam caindo em uma religião superficial que professava as crenças ortodoxas, mas tinham um viver ímpio. Então, Tiago escreve para mostrar que a verdadeira fé evidencia-se pelas obras. E Tiago dá alguns testes, para que seus leitores possam se certificar se estão na fé. O primeiro teste que desejo compartilhar com vocês é:

Como você enxerga e enfrenta o sofrimento?

Tiago diz: " Meus irmãos, tende por motivo de grande gozo o passardes por várias provações"-. Como pode Tiago dizer isto? Os crentes estavam sofrendo, perderam suas casas e terra natal, além de muitos de seus bens, e estavam sendo perseguidos, e Tiago ainda tem coragem de dizer: "Se alegrem". Antes de chamar Tiago de masoquista, devemos lembrar que outros dois escritores do Novo Testamento disseram algo semelhante. Pedro escrevendo sobre o sofrimento, onde a fé dos crentes estava sendo provada pelo fogo, disse:

 1 Pedro 4: 13 "mas regozijai-vos por serdes participantes das aflições de Cristo; para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e exulteis."

O apóstolo Paulo também escreveu: "E não somente isso, mas também gloriemo-nos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a perseverança," Romanos 5:3. Ele também escreveu Filipenses da prisão, e o tema da carta é a Alegria em Cristo. Ele deu esse comando impressionante e impraticável por nós: "Alegrai-vos no Senhor, outra vez digo, Alegrai-vos" (Fp 4:4; veja também 1 Tess 5:16). Não só isso, mas Paulo praticava o que pregava,  em Filipos, depois de ter sido espancado e preso, cantava louvores ao Senhor (At 16:25). Por isso, se nós dissermos que Tiago era masoquista, Pedro, Paulo, e Jesus também eram. A única alternativa é entender o que realmente Tiago estava querendo dizer em "Ter grande gozo" no passar por várias provações. Considere três coisas:

1- As provações são inevitáveis

Tiago não diz, "se vocês passarem várias provações", mas "quando". Não é uma escolha. É um curso obrigatório na escola da fé.  Como Pedro escreveu (1 Ped 4:12): "Amados, não estranheis a ardente provação que vem sobre vós para vos experimentar, como se coisa estranha vos acontecesse;". Muitos cristãos ingenuamente pensam que se obedecerem ao Senhor, serão poupados de quaisquer sofrimentos. Quando o sofrimento os atinge, eles ficam com raiva de Deus "Eu estava seguindo você. Por que aconteceu isso?". Mas a Bíblia dá um abundante testemunho  que todos os servos de Deus passaram por provações. E essas provas não são necessariamente, consequência de pecado. Em vez disso, são meios que Deus usa para provar a nossa fé. Estes testes são "vários", de acordo com o propósito soberano de Deus. Não podemos entender o porquê Deus envia provações para nós, mas sabemos que Ele é bom, e tem um propósito em todas as coisas, e neste caso, testar a nossa fé.

No entanto, não nos alegramos por causa do sofrimento. Ninguém gosta de sofrer. Alegramo-nos apesar do sofrimento. Ter grande gozo não significa que não devemos chorar e ficar tristes. Jesus não condenou Marta por chorar a morte de seu irmão Lázaro. Ao contrario, Ele chorou também (João 11:33-35). Quando o Salvador enfrentou a cruz, Ele o fez com " grande clamor e lágrimas" (Heb 5:7). Paulo nos instrui: "alegrai-vos com os que se alegram; chorai com os que choram;" (Romanos 12:15). Hebreus 12:11 reconhece: "Na verdade, nenhuma correção parece no momento ser motivo de gozo, porém de tristeza..." Então, Tiago não está dizendo: "Coloque um sorriso no rosto e negue que você está sofrendo".

Ficamos tristes não como aqueles que não têm esperança (1 Ts 4:13). Nossa resposta diante das provações deve nos distinguir do mundo. Em meio à dor e lagrimas, deve haver uma confiança serena no Deus que está no controle de todas as coisas. Isto é o que significa “ter grande gozo” em passar varias provações. Ele fará com que “Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são caso segundo o seu proposito” (Rm 8:28). “O choro pode durar à noite, mas a alegria vem pela manhã” (Sl 30:5). “Os que semeiam em lagrimas, segarão com alegria. Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos” (Sl 126:5-6). A Alegria bíblica  não é masoquismo, é a esperança em Deus e nas suas promessas.

A escolha é: “Será que eu confio em Deus e nas suas promessas?” Como Tiago diz, a nossa fé é testada por meio das provações. Como nos portamos diante do sofrimento? Não sabemos se a nossa fé é verdadeira até que ele seja provada. Você pode comprar uma jaqueta à prova d’água. Mas enquanto ela não molhar, você não irá saber se ela realmente é à prova d’água. É fácil dizer: “Eu confio em Deus”! Qualquer um pode dizer isso. Mas, o teste de sua fé realmente acontece quando você está sob provações, na fornalha da aflição. A atitude que devemos ter diante das provações é ter “grande gozo” porque Jesus é a nossa alegria, e as tribulações são leves e momentâneas. E também, confiança em Deus e nas suas promessas.

2- A prova da sua fé produz perseverança

Há dois aspectos nesta verdade reconfortante:

A)   DEUS É SOBERANO SOBRE TODAS AS PROVAÇÕES

        Tiago diz: “Sabendo que a prova da vossa fé produz perseverança” (1:3). 

O versículo implica que Deus está usando as provações para o seu propósito. Ele não está sentado no céu dizendo: “Eu não quero que isso aconteça, mas agora que aconteceu, vamos ver como podemos tirar o melhor de uma situação tão ruim”. A Bíblia é clara que Deus é soberano sobre TUDO. Desde a chuva que cai (Jó 37:6-13), eventos aparentemente aleatórios (Pv 16:33), sobre as nações (Sl 22:28; At 14:16; 17:26). Ele ordenou todos os dias de nossas vidas antes de nascermos (Sl 139:16), Ordena os nossos passos (Sl 37:23; Pv 169; 20:24). Deus é soberano sobre os defeitos de nascimentos (Ex 4:11), sobre as catástrofes naturais (Gn 6:17; Jn 1:4), e até mesmo sobre as coisas ruis que as pessoas fazem, embora ELE não peque (Gn 50:20; Ex 4:21; 1 Rs 22:23; Is 10:5; Atos 4:27-28). DEUS É SOBERANO ABSOLUTAMENTE SOBRE TUDO. Isso significa que, nada acontece por acaso. As provações vêm das mãos do gracioso Deus com o fim de aperfeiçoar a nossa fé.

B)   DEUS ESTÁ USANDO AS PROVAÇÕES PARA PRODUZIR PERSEVERANÇA EM NÓS

    O teste é como é a refinação do ouro: quanto mais provado pelo fogo, mais valioso se torna. Deus muitas vezes nos coloca na fornalha da aflição, e não sabemos o porquê, e até questionamos Ele. Mas, devemos confiar, porque Ele sabe o que está fazendo. Ele esta testando a nossa fé, tirando as impurezas, e nos fazendo mais e mais semelhantes a Seu Filho Jesus.  E quanto mais somos testados, ficamos mais resistentes para aguentar outras provas. Se reprovamos, vamos para recuperação até aprender.  Suporte as provações pela fé, com alegria, que traz gloria ao nosso Senhor e Salvador.

3- Devemos nos submeter ao processo de Deus

Ser submisso a Deus no meio das provações não significa, necessariamente, suportar toda dor sem orar por alivio. Paulo orou para que Deus removesse o “espinho na carne”, ele só parou de orar quando Deus lhe disse: “A minha graça te basta” (2 Coríntios 12:8-9). Ser submisso a Deus não significa necessariamente, que não devemos tomar medidas para resolver o problema. Se a provação é falta de emprego, na dependência de Deus deve-se procurar outo emprego. Se a provação é uma doença, o certo não é só orar, mas procurar ajuda médica. Se uma circunstância é difícil, não é necessariamente errado tentar mudar a situação.

Submissão para com Deus, é não desafiá-lo, é não dizer que ele não tem o direito de fazer isso com a gente. Se submeter a Deus, é confiar na sua providência, é saber que Ele é bom. Um dos melhores exemplos de submissão é o de Jó. Ele disse: “O Senhor me deu e o Senhor tomou. Bendita seja o nome do Senhor (Jó 1:21) Isto, naturalmente leva-nos a uma conclusão (verso 4:

A)    MATURIDADE É UM PROCESSO, NÃO É INSTANTÂNEO

Tiago diz: “a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma.”-(VERSO 4)- A palavra “perfeito” não implica que você chega a um ponto na sua vida que não precisa de mais progresso.  O crescimento é diário. Antes, significa que os frutos do Espirito (Gl 5:22-23) serão mais e mais evidentes na sua vida.

       Até mesmo Jesus começou neste mundo como um bebê. Ninguém passa de um bebê para um adulto em um dia, ou até mesmo em alguns anos. É preciso tempo para crescer e se desenvolver. Você não leva para casa um bebê que acabou de nascer e diz: "A geladeira está ali, o banheiro é no corredor". Você não espera um bebê fazer coisas que só os adultos fazem. O crescimento espiritual é um processo, não é instantâneo. 

Você não pode perceber a mudança que teve na sua vida, mas você deve ser capaz de olhar para trás e ver que você ama a Cristo mais agora do que há cinco anos atrás. Agora você sente a enormidade do seu pecado. Agora você obedece mais a Palavra de Deus. Agora você quer conhecer mais a Deus do que antes. Perceba que o crescimento é gradual, envolve tempo. 

O fato de o crescimento ser gradual, vai contra a ideia da "santificação instantânea" que não passa de uma ilusão. Esta santificação instantânea é promovida muitas vezes com o "ser batizado com o Espírito" ou "falar em línguas" e você terá instantaneamente vitória sobre o pecado.  Mas o caminho de Deus para piedade, é através da disciplina, não através de milagres (1 Timóteo 4:7). Eu não estou dizendo que Deus nunca nos dá experiências espirituais, jamais! Estes momentos são maravilhosos quando Deus dá. Todavia, isto não é regra; é exceção.  O que eu estou dizendo é que tais experiências não fazem você amadurecer instantaneamente. 


Conclusão


Temos que ter a consciência que Deus tem um proposito em todas as coisas, e que a nossa fé é testada pelas provações. Entretanto, podemos e devemos ter alegria mesmo em meio aos problemas, pois Deus está trabalhando em nós diariamente. Que você seja aprovado neste teste. Como você responde ao sofrimento? O Senhor é Bom, e irá completar a boa obra que começou em nós. Oro a Ele que nos ajude a compreender a sua vontade. E que esta série seja para a edificação da igreja de Deus. Amém 

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

CRESCER NA GRAÇA E NO CONHECIMENTO

Crescendo na graça e no conhecimento. 

 "antes crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como até o dia da eternidade." 2 Pedro 3:18

Precisamos considerar algumas verdades em geral, antes de olharmos o que significa crescer na graça e no conhecimento do Senhor Jesus Cristo. 

* Crescimento depende de vida. 

Isto é tão verdade espiritualmente quanto fisicamente.  Você nasce e depois cresce. A Bíblia ensina que todos nós entramos no mundo espiritualmente mortos (Ef 2:1-3). Ser religioso não é suficiente. Jesus disse ao fariseu religioso Nicodemus (João 3:3), "Se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus". Só Deus pode dar vida nova. Sem vida nova, o cristianismo torna-se moralismo. O cristianismo genuíno é uma questão da vida de Deus na alma do homem. Para crescer, você tem que nascer de novo. 

* Crescimento é uma necessidade, não uma opção. 

A vida cristã é como andar de bicicleta: se você não está se movendo para frente, você cai. Para se manter firme, você deve crescer. Se uma criança não está crescendo, ela tem um grave problema de saúde. O crescimento é algo normal e essencial na vida. Mas, ao contrário das crianças, quando se trata da vida espiritual, o crescimento não termina. Temos que continuar crescendo até nos encontrarmos com Jesus Cristo. Depois de mais de 25 anos como um cristão, o apóstolo Paulo escreveu (Fp 3:13-14): "Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo pelo prêmio da vocação celestial de Deus em Cristo Jesus." O crescimento é uma necessidade, não uma opção. 

* Crescimento é gradual, não instantâneo.

Até mesmo Jesus começou neste mundo como um bebê. Ninguém passa de um bebê para um adulto em um dia, ou até mesmo alguns anos. É preciso tempo para crescer e se desenvolver. Você não leva para casa um bebê que acabou de nascer e diz: "A geladeira está ali, o banheiro é no corredor". Você não espera um bebê fazer coisas que só os adultos fazem. O crescimento espiritual é um processo, não é instantâneo. 

Você não pode perceber a mudança que teve na sua vida, mas você deve ser capaz de olhar para trás e ver que você ama a Cristo mais agora do que há cinco anos atrás. Agora você sente a enormidade do seu pecado. Agora você obedece mais a Palavra de Deus. Agora você quer conhecer mais a Deus do que antes. Perceba que o crescimento é gradual, envolve tempo. 

O fato de o crescimento ser gradual, vai contra a ideia da "santificação instantânea" que não passa de uma ilusão. Esta santificação instantânea é promovida muitas vezes com o "ser batizado com o Espírito" ou "falar em línguas" e você terá instantaneamente vitória sobre o pecado.  Mas o caminho de Deus para piedade, é através da disciplina, não através de milagres (1 Timóteo 4:7). Eu não estou dizendo que Deus nunca nos dá experiências espirituais, jamais! Estes momentos são maravilhosos quando Deus dá. Todavia, isto não é regra; é exceção.  O que eu estou dizendo é que tais experiências não fazem você amadurecer instantaneamente. 

* Crescimento é difícil, não é fácil.

Você tem que se rastejar antes de andar. E uma vez que você não tem o jeito de andar, você cai. O crescimento espiritual é do mesmo jeito. Você tem que se levantar e tentar de novo e de novo. Às vezes você tem excesso de confiança em si mesmo e diz: "Eu aprendi esta lição". Então você falha, e o Senhor mostra que você não aprendeu ainda. 

Com essas lições gerais, vamos considerar especificamente o que significa crescer na graça e no conhecimento de Jesus Cristo. 

1- Crescer na graça e no conhecimento de Jesus Cristo 

As lições gerais já foram dadas, agora vamos nos concentrar no que significa crescer na graça e no conhecimento de Jesus Cristo. 

A) Crescer na Graça

A graça é a chave para o relacionamento com Deus, porque  Ele tanto nos salva pela graça (Ef 2:8) quanto nos sustenta pela graça (2 Cor 12:9). A graça se opõe a toda forma humana de se aproximar de Deus pelos próprios esforços. Por isso, devemos nos lembrar constantemente que somos salvos pela graça, para não cairmos em um sistema de mérito com Deus.  O mundo opera no sistema de mérito. Se você estuda duro na faculdade, você é recompensado com um bom trabalho. Se você trabalha duro no emprego, você é recompensado com aumento de salário e promoções. No sistema de mérito, você tem o que merece, e merece o que recebe. E todas as religiões do mundo operam no sistema do mérito.  Você entra no céu com base no que você tem feito. O sistema de mérito premia nossa conquista e alimenta o nosso orgulho. 

Mas a graça se opõe ao sistema de mérito. Graça significa favor imerecido. Nós merecemos a ira de Deus, mas Ele nos abençoa livremente com a sua graça, independente das nossas obras. Sob a graça, nós não trabalhamos para ganhar  o céu; recebemos tudo o que Deus providenciou para nós, por causa da sua graça. Paulo explica (Rom 4:4-5): "Ora, ao que trabalha não se lhe conta a recompensa como dádiva, mas sim como dívida; porém ao que não trabalha, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é contada como justiça;". Sob a graça Deus recebe toda a glória, e o orgulho humano é humilhado. 


Mas, como é que vamos crescer na graça que vem do Senhor e Salvador Jesus Cristo? O princípio geral é: " Deus resiste aos soberbos, mas da graça aos humildes" (1 Ped 5:5). Crescer na graça envolve chegar a um maior entendimento sobre a santidade de Deus, sua justiça e Soberania; o que também faz com que você veja mais de sua própria rebeldia, egoísmo e orgulho. Você ver mais e mais de como você é indigno de ser objeto da graça salvadora de Deus. E ainda você enxerga mais e mais de como Deus é grande em amor e graça. 

Você nunca vai se sentir um verme, enquanto não ver seu Salvador morrendo por você. Sofrendo a ira de Deus. Pagando os seus peados. Você nunca vai saber o tamanho do seu pecado olhando para si mesmo. Mas quando olhamos para a grandeza do Salvador, caímos em reverência. Quando você crescer na graça dEle, você crescerá mais e mais em humildade. Crescer na graça implica pensar menos de si, e mais de Cristo. Você pode ter certeza que está crescendo na graça, se você tem a convicção crescente do seu próprio pecado e indignidade; se você ver mais e mais a escuridão do seu próprio coração. Para crescer na graça você deve se estimar menos, e estimar mais a Cristo. Ele é grande e Santo, e você é um pobre pecador. Crescer na graça é ter a consciência de Isaías "Ai de mim, estou perdido". 

B) Crescer no conhecimento 

Pela terceira vez nesta carta, Pedro se refere a Jesus como "nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo" (1:12; 2:20). Você não pode separar Jesus Cristo como seu Salvador e não como Senhor. Quando você confia em Cristo como Salvador, automaticamente ele é o seu Senhor. A vida cristã é uma questão de crescimento progressivo em submissão a Cristo através da Palavra de Deus. 

Crescemos no conhecimento de Jesus Cristo à medida que obedecemos a Ele. Jesus disse (João 14:21): "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele." Crescer no conhecimento envolve saber os fatos sobre Ele (revelado nas Escrituras) e conhecê-lo pessoalmente, intimamente. Você precisa destas duas coisas para crescer. 

O conhecimento de Cristo e o conhecimento  sobre Cristo, é essencial para o crescimento cristão. Com um nos salvaguardamos da heresia, e o outro é um meio de crescermos na graça.  O conhecimento sobre Cristo impede-nos de cair no falso ensino das seitas que negam a divindade de Jesus Cristo. Mas Cristo não é a apenas um assunto a ser estudado: Ele também é uma pessoa a  ser conhecido. Devemos crescer e conhecê-lo  em um nível mais profundo à medida que passamos mais tempo com Ele na Sua Palavra e na oração. 

Conclusão 


Pedro termina esta verso com um doxologia:"A ele seja dada a glória, assim agora, como até o dia da eternidade."  Veja, Deus recebe toda a glória. Se crescemos, é porque Ele deu o crescimento. É Ele que opera em nós o desejo de crescer. Portanto, cresça na graça e no conhecimento de Deus. Entenda que isto leva tempo e não é fácil, mas não é impossível. 

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

JESUS ODEIA O LEGALISMO (Lucas 11:37-54)



Provavelmente, não há pecado mais tolerado ou mais generalizado no meio cristão do que o legalismo. Você pode ficar surpreendido quando afirmo que o legalismo é pecado. Os legalistas geralmente não são tidos como adúlteros, ladrões, mentirosos e etc. Pelo contrário, os legalistas parecem estar preocupados com a santidade. Contudo, o Senhor Jesus teve mais conflitos com os legalistas da sua época do que com qualquer outro grupo. Não foram os adúlteros, os ladrões, ou gente desse tipo que colocou Jesus na cruz. Foram os legalistas. Mais tarde, o apóstolo Paulo teve a mesma experiência, onde os legalistas perseguiam os seus passos, tentando perverter o evangelho da graça de Deus. 

Quando você estuda a vida se Cristo, é notável como Ele deliberadamente fez coisas para provocar os legalistas.  Ele poderia ter curado as pessoas em qualquer outro dia da semana, mas curava nos sábados. Ele poderia ter sido discreto ao violar as regras dos fariseus, mas Ele fez isso abertamente.  Quando um fariseu convidou Jesus para jantar, Ele poderia ter ido já com a sua mão lavada como de costume, ou ter lavado antes da refeição; mas ele ignorou deliberadamente tudo isso. Quando ele foi questionado sobre isso, ele poderia ter sido mais educado na sua resposta, mas Ele os criticou pela hipocrisia. Quando o fariseu ressaltou que Jesus lhes tinha ofendido, Ele não disse: "Ah, desculpa. Eu sinto muito", Ele disse: "Ai de vós". Jesus confrontou o legalismo como pecado.  Em muitas igrejas hoje, os pastores são muitos agradáveis, a marca da igreja de hoje é a "gentileza"- tolerância-. De alguma forma, achamos que ser como Jesus é nunca ofender ninguém, nunca confrontar ninguém. Jamais! Este texto mostra que Jesus confrontou o legalismo; e se quisermos ser como Jesus, devemos confrontar o pecado. E, o legalismo é pecado! 

Mas o que é o legalismo?  Alguns erroneamente confundem legalismo com obediência. Devemos obedecer a o que a Bíblia ensina, devemos obedecer a Deus. Estar sob a graça não significa que estamos livres para pecar. Outros dizem que o legalismo é quando fazemos regras especificas que não estão abordadas na Bíblia, e a colocamos como padrão a ser seguido na igreja ou na família. Mas necessariamente, isto não significa que seja legalismo. Os pais não estão sendo legalistas quando colocam regras nos seus filhos. A igreja não está sendo legalista quando coloca certas regras visando o bem da comunidade.

Então, o que é o legalismo? Legalismo é uma tentativa de ganhar o favor de Deus e/para impressionar pessoas por fazer certas coisas (ou não fazer certas coisas), sem levar em conta a condição de nosso coração diante de Deus. Na raiz o legalismo, está o pecado do orgulho, porque o legalista pensa que ele é capaz de se achegar a Deus por suas próprias sobras. O legalismo olha apenas os atos externos, não o coração. O legalista também se orgulha ao mostrar seus atos externos às outras pessoas, deixando de ver a corrupção de seu coração.  Assim, o legalismo nega a depravação humana, e exalta a capacidade humana. Como tal, ele se opõe ao evangelho da graça de Deus. É por isso que, tanto Jesus como Paulo entraram em confrontos com os legalistas.

Jesus odeia o legalismo porque ele não lida com a condição do nosso coração diante de Deus.

O cristianismo é essencialmente uma questão do coração. Tudo flui de uma relação de coração com Deus, que transforma o nosso coração quando Ele nos regenera. Os lideres religiosos não se viam como pecadores necessitados de um Salvador; se viam como pessoas boas, porque “guardavam” a Lei. Mas na realidade, eles não guardavam a Lei, porque a obediência não partia do coração.

Antes de entrar mais a fundo no tema com base em Lucas 11:37-54, devo salientar que os fariseus desprezavam os pecadores (adúlteros, ladrões e etc) porque olhavam apenas as pessoas por fora; mas Deus conhece o coração. A religião à parte de Deus está sempre tentando consertar o homem exterior, mas negligencia o fato de que o Senhor olha para o coração. Os legalistas limpavam o exterior do copo e do prato, mas por dentro eram podres. Eles eram como um marido que lava a panela da feijoada apenas por fora. Deus limpa o exterior e o interior. A limpeza interior resulta em consequências exteriores. A religião genuína é uma questão do coração, não apenas de cumprimento de preceitos externos. Então Jesus lança três ais sobre os fariseus legalistas:

  1-  Maior legalismo sobre as coisas menores, e menor legalismo nas coisas maiores (11:42).

Os fariseus eram meticulosos sobre o dizimo, a doação da décima parte a Deus. Eles dizimavam fielmente, mas negligenciavam a parte mais importante da Lei, ou seja, a justiça e o amor de Deus. Como Jesus afirmou em outros lugares, o amor a Deus e o amor ao próximo resume toda Lei (Mateus 22:37-40). Os legalistas dos nossos dias, frisam as coisas menos importantes e esquecem o que é primordial. Algumas igrejas colocam grande atenção em regras mesquinhas, como roupas e atividades, e ignoram e toleram pecados graves, como fofoca, cobiça e orgulho. Se evitarmos as pessoas por causa da aparência ou por causa de determinados comportamentos, que de acordo com a Bíblia, não são as questões primordiais, somos culpados do pecado dos fariseus: legalismo.

Por exemplo, você pode se surpreender ao saber que Jonathan Edwards, Charles Spurgeon, G. Campbell Morgan, Lloyd-Jones tinham algo em comum. Todos foram grandes expositores da Palavra por Deus, foram usados pelo Senhor. Mas, pelo menos, alguns por um tempo que estiveram no ministério, fumavam! Você está questionando a salvação deles, não é? Eu acho que se você fuma, você deve parar o mais cedo possível, porque não é bom para seu corpo. Mas estes homens eram salvos em Cristo Jesus. Meu ponto é que há muitos cristãos preocupados com as mínimas coisas, esquecendo-se das maiores, como andar no Espirito e parar de fazer as obras da carne.

2- O legalismo centra-se na auto-glória (11:43)
  
Jesus também condena os legalistas fariseus, porque eles amavam os primeiros assentos na sinagoga e as saudações nas praças. Eles gostavam de aparecer, de brilhar. Eles gostavam de bajulação, de aplausos. Eles queriam que as pessoas vissem o quão eles eram santos. Eles estavam focados na própria glória, não na glória de Deus. O orgulho é o coração do legalismo; a humildade está no centro do verdadeiro cristianismo. O legalista orgulha-se de si mesmo e de suas obras porque ele está olhando as coisas por fora, não o coração. Ele não reconhece que o seu coração é tão pecador como o coração da prostituta e do ladrão. O legalista se ensoberbece com orgulho.

A Escritura declara que Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes (Pv 3:34; Tiago 4:6; 1 Ped 5:5). Quando o Espirito Santo trabalha em nossos corações, nos vemos como pecadores, terríveis aos olhos de Deus. Ao invés de nos avaliarmos pelos outros, devemos nos comparar com Deus, aí então veremos que nenhuma coisa boa habita dentro de nós. Este é o erro dos legalistas, eles não enxergam Deus. ASSIM, uma vez convictos da nossa pobreza espiritual, fugimos para a cruz em busca de misericórdia. Mas os legalistas não gostam da mensagem da cruz, porque ela confronta seu orgulho.
  
3-  O legalismo corrompe sutilmente os outros (11:44)
  

Jesus compara os fariseus com túmulos escondidos. Se um judeu entrasse em contato com um tumulo ou um corpo morto, ele ficava cerimonialmente impuro por sete dias (Num 19:11-22). A imagem por trás dessas leis cerimoniais era que o pecado leva à morte, e que a contaminação do pecado e a morte se espalham para os outros, se não for tratada.  Aqui Jesus acusa os fariseus que eram meticulosos sobre tais leis de limpeza, de estarem mortos, túmulos escondidos, contaminando as pessoas que não sabiam. Morte espiritual!

A aplicação é que o pecado do legalismo contamina as pessoas. Ele impede de que os incrédulos creiam na verdade do Evangelho, e de que os crentes cresçam em maturidade espiritual. Mas isso não é importante; amar a Deus e amar o próximo, isso sim é importante! Os legalistas criam regras pesadas difíceis de suportar, mas eles mesmos não carregam uma grama. Estive pensando, que uma das razões de muitas crianças que crescem em lares cristãos, rejeitarem a fé quando adultas, é o legalismo. Em vez dos pais ensinarem sobre o perdão de pecados por meio da graça de Deus, o foco estava na conformidade exterior com determinadas regras. Eu não estou dizendo que não deve ter regras; o que eu estou dizendo é que a ênfase deve estar na alegria de conhecer a Deus. Como diz Paulo, “O reino de Deus é... Justiça, Paz e Alegria no Espirito Santo” (Romanos 14:17)

 4- O legalismo sobrecarrega as pessoas (11:43)


Os fariseus legalistas pegaram os mandamentos de Deus e adicionaram seus costumes. Deus ordenou que guardasse o sábado, mas eles acrescentaram dizendo que não poderia fazer nada no sábado, como ajudar os pobres, andar somente determinados metros e etc. A lei do sábado foi dada para o nosso beneficio, um dia de para adoração e descanso. Mas os fariseus colocaram tantas tradições, que o sábado se tornou um fardo.  O legalismo sobrecarrega as pessoas com questões inúteis. A verdadeira santidade é uma beleza, na perspectiva do amor de Deus. Como 1 João 5:3 afirma: “Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos, e os seus mandamentos não são pesados”. Quando nós obedecemos a Deus com um coração cheio de amor por Deus, mesmo que não seja fácil cumprir a vontade do Senhor, sempre resultará em grande alegria e benção. O legalismo só traz decepção e angustia, porque você nunca está na medida certa.


Conclusão


Eu poderia continuar expondo os versos restantes, e mostrando o quão inútil e pecaminoso é o legalismo.  Mas lembre-se: JESUS ODEIA O LEGALISMO porque ele não lida com a condição de nossos corações diante de Deus. O legalismo diz que Deus vai nos amar se mudarmos, mas o Evangelho diz que Deus nos ama e por isto vai nos mudar. Só Deus tem o poder de transformar pecadores em santos que amam a Deus e os outros.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

A SÍNDROME DAS MÃOS LEVANTADAS

   



A principal dificuldade que encontramos para evangelizar é: entender errado o que significa isso. Existem muitos teóricos que discorrem sobre o tema, cada um tem uma opinião diferente. E Jesus, qual a opinião do mestre? Gostaria de falar de um de nossos erros na evangelização, a famosa síndrome da “mão levantada”
Andamos sempre ansiosos para que isso aconteça quando evangelizamos, queremos ver “mãos levantadas”. Estamos errados, primeiro em considerar que quando alguém levanta a mão dizendo querer aceitar a Jesus, nosso trabalho de evangelista está terminado, ao passo que talvez nem tenha começado. Segundo não entendemos o principal ensino de Jesus, “a grande comissão”.
Quando olhamos para ela, Jesus fala aos discípulos de uma maneira abrangente. Durante mais de 40 dias o mestre explica sobre isso e qual seria a missão de seus escolhidos apóstolos. Ide por todo mundo e pregai, Marcos. Fazendo discípulos em todas as nações, Matheus. Para que os pecados sejam perdoados, Lucas. Aqueles que forem perdoados por vocês serão perdoados, os que não, não serão perdoados, João. Jesus está falando de um único assunto, tudo isso está ligado. Porque então separamos evangelizar e discipular?
Quando dividimos evangelização e discipulado, uns evangelizam e outros discipulam, fragmentamos o trabalho, nem todos se envolvem. Outro efeito dessa divisão é que nosso trabalho se dá por finalizado quando alguém “levanta a mão”. Não foi isso que Jesus nos ensinou. A enfase dos evangelistas não estava nessa divisão, mas sobre, o que, como, o propósito e a urgência dessa ação continuada.
Precisamos aprender a evangelizar da maneira que Jesus nos ensinou. A enfase não está na mão levantada, mas em transformação, mudança de mente, postura. Uma nova maneira de viver e olhar o mundo. O processo como um todo é importante, do início ao final da vida estaremos evangelizando e sendo evangelizados, estaremos nos tornando mais conforme o evangelho e menos conforme nós mesmos.
Temos que produzir mais do que mãos levantadas, precisamos levar as pessoas a um verdadeiro relacionamento com Jesus. Elas não sabem que Jesus quer se relacionar com elas, não sabem que podem aprender a conversar, ouvir e falar com Jesus. Precisamos ensiná-las, desde o primeiro contato que tivermos com elas, como podem se comprometer a obedecer o que Jesus está falando. Isso é muito mais do que uma mão levantada. É a resposta a religiosidade aparente de nosso povo, uma verdadeira espiritualidade.
FONTE: Pr Gilson Soares (pastorgilsonsoares.blogspot.com)

A SANTIDADE DE DEUS- ISAÍAS 6




Se alguém chamar você de "santo", você irá considerar como um elogio? Eu acredito que vai depender de duas coisas. Primeiramente, vai depender se a palavra "santo" vem anexada à outra palavra, como "santinho". Neste caso, o termo teria uma conotação negativa. Em segundo lugar, vai depender da definição de santidade da pessoa. Na mente de muitos, "santo" significa sem pecados, perfeito, puro. Mas se você for chamado de santo no sentido bíblico do termo, será um grande elogio... 

De todos os atributos de Deus, a santidade é o que parece tomar o centro do palco.  Na língua hebraica repetir uma palavra é superenfatizar algo. Por exemplo, se você disser que uma pedra é grande, ela é grande. Se você disse que ela é uma pedra grande, uma pedra grande significará que ela é muito grande. Mas se você disser que ela é uma pedra grande, uma pedra grande, uma pedra grande, significará que ela é uma pedra gigantesca. Notou a diferença? 

Em Isaías 6 e em Apocalipse 4, Lemos que os anjos declaram que Deus é "Santo, Santo, Santo". Este é o único atributo de Deus que é enfatizado desta forma. Deus nunca é chamado de "Amor, Amor, Amor" ou "Misericórdia, Misericórdia, Misericórdia", nem mesmo o atributo que mais gostamos "Fiel, Fiel, Fiel". Ele é chamado de Santo, Santo, Santo. Portanto, se queremos conhecer a Deus, devemos entender a ideia da santidade se Deus. 

DEFINIÇÃO DE SANTIDADE 

R C Sproul nos dá uma definição de santidade: 

"O primeiro significado de santo é "separado". Ela vem de uma antiga palavra que significa "cortar" ou "separar". Talvez a mais acurada seja a frase "um corte acima de alguma coisa". Quando achamos uma vestimenta ou outro pedaço de pano de mercadoria que é proeminente, que tem uma excelência superior, nós usamos a expressão que é "Um corte acima do resto".  Quando a Bíblia chama Deus de santo, significa primeiramente que Deus é transcendentalmente separado. Ele é tão longe acima e além de nós que Ele parece quase estranho para nós. Ser santo é ser "outro". Ser diferente de uma forma especial. O mesmo significado básico é usado quando a palavra santo é aplicado para coisas terrenas." (R C Sproul, Deus é santo) 

Ou seja, por definição de santidade a primeira ideia é de GRANDEZA- Deus está além de nós. Há uma profunda diferença entre Ele e os seres que Ele criou. E a segunda ideia é da PUREZA- Deus é perfeito, sem pecados, bom. Portanto, Ele é ao mesmo tempo grande e perfeito.

A SANTIDADE DE DEUS- Isaías 6

A melhor maneira de entendermos a santidade de Deus é olhando para o texto de Isaías 6:1-8. Os fatos ali relatados acontecem em algum momento após a morte do rei Uzias.  A maior parte da história de Uzias pode ser encontrada em 2 Crônicas 26. Ele foi um rei bem sucedido durante a maior parte do seu reinado. Nós sabemos que Isaías viveu durante o reinado do rei Uzias, mas não sabemos que tipo de relação eles tinham. Podemos apenas especular sobre o estado de espírito de Isaías quando ele recebeu esta visão registrada no capítulo 6. Talvez Isaías estivesse preocupado com o destino de Israel, com o que ia acontecer. Talvez a visão não tenha nada a ver com Uzias em tudo. Mas de qualquer forma, Isaías teve uma visão. E aconteceram várias coisas nesta visão. A primeira coisa que notamos é a GRANDEZA DE DEUS. 

" No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as orlas do seu manto enchiam o templo. Ao seu redor havia serafins; cada um tinha seis asas; com duas cobria o rosto, e com duas cobria os pés e com duas voava.  E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos; a terra toda está cheia da sua glória. E as bases dos limiares moveram-se à voz do que clamava, e a casa se enchia de fumaça." Isaías 6: 1-4

Observe os detalhes da visão de Isaías: Deus estava no reino. Uzias estava morto, mas Deus ainda estava no trono. O trono era alto e exaltado, maior e superior que todos os outros tronos. As orlas (apenas as orlas) do seu manto enchiam o templo. Quando uma noiva caminha para o altar, a "orla" do seu vestido tem um comprimento.. Isso significa realeza. As orlas do seu manto enchiam o templo. Sua realeza supera de longe qualquer coisa que tenhamos conhecido. 

Ao seu redor estavam os anjos.  O trabalho deles era dar glória ao Senhor.  Eles eram puros. Cada um tinha seis asas. Eles cobriam o rosto e os pés, e voavam. Os símbolos de condição de criatura são cobertos na presença do Deus magnífico. Mesmo as melhores "pessoas" são imperfeitas. A pureza de Deus fez os anjos que não tem pecado, procurar abrigo. 

Os anjos louvavam ao Senhor dizendo "Santo, Santo, Santo"- ele é supremamente santo. E as bases dos limiares do templo eram abaladas diante da grandiosidade do poder e santidade de Deus. Estas imagens são relatadas para apontar a majestade  de Deus, e provocar em nós reverência e santo temor.  Tudo isto já nos ensina algo:

A verdadeira adoração sempre começa quando vislumbramos a santidade, poder, e maravilha de Deus. 

A segunda coisa que notamos nesta visão é a BONDADE DE DEUS E A INDIGNIDADE DO HOMEM. 

A resposta de Isaías diante desta visão não é a que nós esperamos.. Gostaríamos de vê-lo dizer algo como: "Ual Deus, você é o cara." Ou Isaías sair correndo e rodando. . Não! Isaías é desfeito, humilhado pela grandiosidade da santidade de Deus e diz:

"  Então disse eu: Ai de mim! pois estou perdido; porque sou homem de lábios impuros, e habito no meio dum povo de impuros lábios; e os meus olhos viram o rei, o Senhor dos exércitos!" Isaías 6:5

Vemos experiências semelhantes no Novo Testamento: 

" À quarta vigília da noite, foi Jesus ter com eles, andando sobre o mar. Os discípulos, porém, ao vê-lo andando sobre o mar, assustaram-se e disseram: É um fantasma. E gritaram de medo." Mateus 14:25-26

" Estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu; e dela saiu uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi. Os discípulos, ouvindo isso, caíram com o rosto em terra, e ficaram grandemente atemorizados." Mateus 17:5-6

Quando o centurião ao pé da Cruz viu o terremoto, ele ficou apavorado. Quando os pastores viram os anjos que anunciaram o nascimento de Cristo, eles ficaram com muito medo.  Quando alguém recebe um vislumbre do Deus Todo-Poderoso, imeditamente fica apavorado. Por quê? Porque em Êxodo 33:20 Deus disse: "ninguém pode me ver e viver". Deus é tão santo que destrói tudo que é pecaminoso e profano. 

A primeira resposta de uma pessoa pecadora diante da santidade de Deus é uma aguda consciência do pecado pessoal. Quando o profano é confrontado pelo santo nos tornamos conscientes dos nossos próprios pecados. É como um quarto fechado há muito tempo. A luz está apagada..., porém quando é acesa, vemos toda sujeira. Mas quando nós entramos na presença de Deus, a escuridão se vai. 

Lembre-se de quando você era uma criança. Você pode ter pensado que era um grande atleta, ou um ótimo aluno, ou um grande músico, porque você sempre pareceu sobressair sobre os outros. Mas em algum momento da sua vida você descobriu que existiam pessoas iguais e até mais talentosas do que você.  Eu sei que a qualquer momento eu posso (e começo) a sentir-me espiritualmente arrogante, a me achar mais espiritual do que os outros, mais isso, mais aquilo; mas tudo o que tenho que fazer é ler a biografia de um dos grandes líderes do passado. Rapidamente eu sou humilhado.

Se você já teve uma experiência como essa, então você tem um pouco da ideia de como Isaías se sentiu. Nós temos a mania de medir a nossa vida com base nos outros, aí então medimos a nossa espiritualidade. E quando eu me comparo com aqueles que me rodeiam, sempre posso identificar aqueles que são piores do que eu.  No entanto, quando nos comparamos com o padrão de santidade....Nossa arrogância cai por terra!

É por isso que eu acredito que uma pessoa que não tem um senso de sua própria pecaminosidade, nunca teve um conhecimento da natureza de Deus . As pessoas que acreditam que se fizeram as coisas certas serão salvas, não tiveram consciência de quão profundamente manchadas pelo pecado elas realmente são. Temos de ser desfeitos antes de sermos refeitos. O Espírito Santo tem que nos convencer da nossa pecaminosidade, antes de nos mostrar a sua Graça.

Observe algo mais sobre a fala de Isaías. O que ele estava mais consciente de si mesmo? Ele viu que seus lábios eram impuros. Agora pense sobre isso. Isaias era um porta-voz de Deus. Dos seus lábios deveria sair santidade, mas o que ele viu foi pecaminosidade. Muitas vezes eu ouço as pessoas dizerem: "Olha, Deus nunca poderá me salvar. . . Já fiz muitas coisas ruins na minha vida. " E eu sempre lhes digo:  Você está mais perto da salvação do que muitos que estão na igreja. A razão é que eles estão cientes dos seus pecados. Estão a um passo do Reino de Deus; diferente de muitas pessoas nas igrejas que dependem da própria bondade.

A terceira coisa que notamos nesta visão é a PROVISÃO DE DEUS. Quando Isaias viu a santidade do Senhor e enxergou a si mesmo, então:

“Porém um dos serafins voou para mim, trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; E com a brasa tocou a minha boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniqüidade foi tirada, e expiado o teu pecado.Isaías 6:6-7

Nós ao lermos isso ficamos  propensos a dizer: "Oxi, um anjo levar um carvão quente e tocar na boca de Isaías. Por quê?” Ele cauteriza o pecado. Deus cauteriza os lábios de Isaías. Ele elimina as impurezas.  A culpa de Isaías é retirada, mas não é descartada. Deus não diz: "Ah, vamos esquecer isso!" Em vez disso, ele diz a Isaías que o seu pecado foi "expiado". Em outras palavras, foi pago.

Como? Foi pago em Jesus. “Como pode ser isso?”, você pergunta; Isaías viveu centenas de anos antes de Jesus. Mas a promessa tinha sido feita. Deus perdoou Isaías com base no que Cristo ia fazer centenas de anos mais tarde.  Quando Jesus (o Filho de Deus sem pecado) morreu na cruz, Ele pagou pelos nossos pecados. A justiça de Deus está satisfeita, e Ele estende a sua misericórdia a nós (com base na substituição de Cristo). A razão de sermos chamados filhos de Deus não é porque somos bons. . . mas porque somos perdoados. Somos perdoados não porque estávamos entre os melhores da raça humana, mas porque Cristo morreu pelos nossos pecados.

Depois de Isaías vê a majestade de Deus, é confrontado com seu pecado, encontra o perdão através do sacrifício de Cristo, lemos. . .

“Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.Isaías 6:8-9

NÓS VEMOS A CONVOCAÇÃO DE DEUS. O Senhor está agora à procura de um mensageiro. Isaías, que foi transformado pela graça e vivificado pela misericórdia de Deus, foi o voluntário para o serviço. Sproul aponta que Isaías não diz: "Eis-me aqui...” Que seria identificar sua posição. Em vez disso, ele diz: "Eis-me aqui". Ele ofereceu a Si mesmo como um "sacrifício vivo" (Rom. 12: 1). Isaías está agora disposto a servir não por obrigação, mas por gratidão e com um desejo de exaltar a glória de Deus. Isaías quer que o mundo saiba a grandeza de Deus. Ele não está preocupado em promover o seu nome. Isaías está preocupado com uma coisa. . . glorificar aquele que é mais digno de honra.

CONCLUSÃO

Diante de tudo já exposto, chego a algumas conclusões.

Em primeiro lugar, deve ser óbvio, que não há melhor maneira de usar o nosso tempo usando-o para a glória de Deus. Não há nada melhor. Não há ninguém maior do que o Senhor. Ele é a nossa vida, a nossa esperança, a nossa alegria. Correr atrás e servir outra coisa senão o Senhor é loucura. Ele é o Deus Santo, cheio de graça. Isaias foi agraciado pelo Deus Santo, Santo, Santo.

Em segundo lugar, precisamos levar a sério a santidade pessoal. Passamos uma boa parte de nossas vidas brincando com o pecado.  Nós empurramos Deus para o lado quando Ele fica no caminho de nosso gozo ou do nosso "entretenimento". Olha, eu sei que buscar a santidade significa seriamente buscar  mudança em nossas vidas. No entanto, se compreendermos a misericórdia e a graça de Deus em tudo, se tivermos uma clareza da santidade de Deus (que está se tornando cada vez mais rara) vamos querer limpar tudo o que é profano de nossas vidas. Vamos querer que Ele nos limpe.  É hora de fazer um inventário pessoal para fazer algumas alterações,
§  Em seu entretenimento
§  No uso do seu tempo
§  Na maneira como você gasta o seu dinheiro
§  Na maneira como você fala
§  Na maneira de fazer o seu trabalho
§  Na maneira como você trata os outros
§  O jeito que você adora


Finalmente, precisamos parar de comparar-nos aos outros e começar a medir a nós mesmos com o padrão correto. Quando medimos nossas vidas pelo padrão certo, nos vemos verdadeiramente. Sim, muitas vezes dói. E encarar a verdade é doloroso. Temos de aceitar a responsabilidade por nosso próprio comportamento. Mas a coisa surpreendente sobre o evangelho é que ele nos diz que por causa do que Cristo fez, se confessarmos os nossos pecados e se nos voltarmos para Ele clamando por misericórdia. . . vamos encontrá-lo. Nosso Santo Deus vai cobrir-nos com a justiça Cristo. De fato, Deus é grande e ele é bom.