domingo, 22 de março de 2015

O que significa orar “Em nome de Jesus”



“E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.João 14:13-14

Esta é uma promessa gloriosa! TUDO que pedirmos em nome de Jesus, Ele fará. Esta é uma promessa verdadeira e confortadora. “

Mas o problema não é com a promessa, mas com a condição. O que significa orar “Em nome de Jesus”? Afirmo que significa mais do que pensamos. Orar “Em nome de Jesus” se tornou para nós cristãos algo simples e normal, basta no fim de cada oração dizer “Em nome de Jesus” e pronto. E se alguém não diz “Em nome de Jesus” no final da oração, ficamos chateados, achamos tal atitude uma irreverencia.  

Uma parte desta atitude é verdadeira, mas somente uma parte. A verdadeira oração cristã sempre tem “Em nome de Jesus”, isto não é o problema. A confusão está quando as pessoas não sabem o significa orar em nome de Jesus. Mas, antes de dizer o que é orar em nome de Jesus, quero considerar o que não é orar “Em nome de Jesus”.


 O que não significa

Orar em nome de Jesus significa mais do que simplesmente adicionar esta frase no final de suas orações. Leia todas as orações do Novo Testamento. Nenhuma termina com a frase “Em nome de Jesus”. No entanto, com certeza essas orações estavam sendo oferecidas de acordo com a promessa de nosso texto.

Para muitos, orar “Em nome de Jesus” é tipo um amuleto, ou uma espécie de “palavra chave espiritual”. Um “Abre-te Sésamo” ou “Abracadabra”. É só falar as palavrinhas mágicas e, pedido realizado.  Se você quiser um carro 0km é só orar “Em nome de Jesus” e você receberá. Fazem do nome de Jesus uma vareta mágica, e de Deus um gênio da lâmpada. Mas, uma oração desta forma é indevida e totalmente errada. Orar em nome de Jesus não é nada disso.


A importância dos nomes na Biblia

Antes de mostrar o que é orar “Em nome de Jesus”, precisamos entender este ponto. Seu nome pode ser Maria, João, André ou José, e não transmitir automaticamente uma mensagem particular sobre quem você é.. Mas isso é diferente nos tempos bíblicos.

Os nomes na Biblia muitas vezes representam o caráter, a origem ou a personalidade das pessoas. Jacó significa “trapaceiro, enganador”. Pedro significa “pedra”. E “Senhor Jesus Cristo”? Senhor significa Mestre, Jesus significa Salvador, e Cristo, o Ungido, enviado de Deus.  Perceba, só são alguns exemplos. Quando você chama o nome “Senhor Jesus Cristo”, você está declarando que ele é seu Mestre, Salvador, e o Ungido, enviado de Deus.

Os nomes na Biblia também significa autoridade. Quando um policial está em uma operação, ele diz “Abra a porta, aqui é a policia”. Por que ele diz isto? Porque eles fazem “em nome da lei”, reivindicando a autoridade do Governo.  Vemos esse principio na luta de Davi com o gigante Golias. Antes da batalha, Davi diz:

“Davi, porém, disse ao filisteu: Tu vens a mim com espada, e com lança, e com escudo; porém eu venho a ti em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado.1 Samuel 17:45

Davi estava dizendo a Golias: “Eu não estou impressionado com as suas armas e com o seu tamanho, O Senhor Deus está do meu lado”. Ou seja, Davi invocou a autoridade de Deus, e matou o gigante. O nome representa autoridade.


Orar em nome de Jesus é orar com base em quem ele é, na sua autoridade, e reputação.

Imagine que você vá a um banco com um cheque de 5 milhões de reais em seu nome. Você pede ao gerente do banco este valor. A sua assinatura está no cheque. Mas o seu saldo é negativo, você não tem os 5 milhões na sua conta. O gerente do banco vai lhe dá o dinheiro? Claro que não! Agora, imagine que Silvio Santos lhe dÊ um cheque no valor de 5 milhões de reais. SE você for ao banco, conseguirá com certeza, sacar esta quantia. O saldo do Silvio e positivo; na verdade, a assinatura dele é o aval para retirar o dinheiro.

Orar em nome de Jesus é como assinar seu nome para as minhas orações. Você está dizendo a Deus: “Jesus me disse para fazer esta oração”. E você acha que o Pai vai negar? Não! O Pai não irá negar porque ele sempre honra o que o Filho quer. E qual será a sua oração? “Santificado seja o teu nome”, buscando a reputação do nome de Deus. Muitas das nossas orações são falsificações espirituais porque estamos assinando o nome de Jesus em orações que ele não aprova.

O que significa orar “Em nome de Jesus”

Em primeiro lugar, quando você orar em nome de Jesus, você está confessando a sua fé de que Jesus Cristo é o único caminho para Deus.

“Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne,Hebreus 10:19-20

É somente em virtude do que Jesus realizou por nós na cruz, é que podemos entrar na presença de Deus. O único que pode nos levar à presença de Deus é Jesus Cristo, o mediador entre Deus e os homens (1 Timoteo 2:5). Por sua morte, e por estamos unidos a Jesus pela fé, podemos entrar na presença de Deus. O véu foi rasgado, podemos entrar.  

Um modelo para oração poderia ser: “Pai Celestial, eu venho a ti em nome de Jesus Cristo, teu Filho e meu  salvador. Eu não tenho nenhum mérito, e reconheço que não posso estar na tua presença além dos méritos do meu Redentor. Somente o sangue do teu Filho é o motivo para a minha oração”.

Em segundo lugar, orar em nome de Jesus significa que você está reconhecendo que o nome dele é supremo.  Filipenses 2:9-11 é muito claro sobre este ponto:

“Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai. Filipenses 2:9-12

Em terceiro lugar, você está reconhecendo que em nenhum outro nome há poder para responder as suas orações.  Afinal de contas, se você pudesse responder as suas orações, por que se preocupar em orar? O ponto da oração é que dependemos exclusivamente de Deus.  Vamos a Deus “Em nome de Jesus” pois:

“E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.Atos 4:12

Em quarto lugar, você está submetendo a sua vontade à dEle.  Lembra? “Seja feita a tua vontade”. Deus não vai nos dar o que está de acordo com a sua vontade, o que honra o seu nome. A vontade de Deus deve prevalecer em nossas vidas.

Paulo orou para que Deus removesse o espinho da sua carne, e Deus disse: “Não Paulo, a minha graça te basta”. Qual foi a reação de PAULO? Determinou a cura? Profetizou a cura? Exigiu de Deus que ele fizesse algo? Não! Ele disse, em outras palavras: “Seja feita a tua vontade e não a minha”.

Em quinto lugar, você está pedindo a gloria de Deus.  Orar “Em nome de Jesus” é pedir que Deus seja glorificado. Jesus veio à Terra para trazer glória ao Pai. Quando os nossos pedidos glorificam a Deus, o Senhor nos responde. Deus não responde muitas das nossas orações, pois estão cheias de ambição e que busca a própria gloria.


Existem varias outras razões para o que significa orar “Em nome de Jesus”. Mas lembre-se: Isto não é um passe encantado. Orar em nome de Jesus é depender completamente da sua obra, do seu caráter, autoridade e reputação. 

quarta-feira, 18 de março de 2015

SOBRE O JEJUM



“Ora, os discípulos de João e os fariseus jejuavam; e foram e disseram-lhe: Por que jejuam os discípulos de João e os dos fariseus, e não jejuam os teus discípulos? E Jesus disse-lhes: Podem porventura os filhos das bodas jejuar enquanto está com eles o esposo? Enquanto têm consigo o esposo, não podem jejuar; Mas dias virão em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão naqueles dias. Ninguém deita remendo de pano novo em roupa velha; doutra sorte o mesmo remendo novo rompe o velho, e a rotura fica maior. E ninguém deita vinho novo em odres velhos; doutra sorte, o vinho novo rompe os odres e entorna-se o vinho, e os odres estragam-se; o vinho novo deve ser deitado em odres novos.Marcos 2:18-22
                                      
Nesta passagem, Cristo estava participando de um banquete na casa de seu novo discípulo Levi.
 Tem que se destacar que esta foi uma refeição festiva. Havia abundância de alimentos para todos, e bebidas em grande quantidade.
                              
 Marcos nos diz que os discípulos de João e os dos fariseus jejuavam. Em primeiro lugar, observe o contraste aqui. Jesus e seus discípulos estavam festejando, mas todas essas outras pessoas estavam jejuando. Enquanto uns jejuavam, Jesus comia e bebia. E não só ele, mas também os seus discípulos!

Em segundo lugar, temos de olhar um pouco mais sobre este fenômeno do jejum.
 Nos tempos bíblicos, o jejum era entendido como sendo simplesmente não comer ou beber por um determinado período de tempo. Por exemplo, em 2 Samuel 12, após o incidente com Bate-Seba, Davi jejuou e chorou pela a criança que ficou doente. Ele simplesmente não comeu e nem bebeu nada, mas depois que a criança morreu, em seguida,  ele comeu. Então, quando a Bíblia fala sobre o jejum, ela não está falando primariamente sobre a abstenção da TV, Coca Cola ou alguma outra coisa. É simplesmente não comer e beber.

No Antigo Testamento, o povo de Deus foi ordenado a jejuar, mas apenas em uma ocasião.
 Isso foi no décimo dia do sétimo mês - Yom Kippur, o Dia da Expiação. Lemos sobre isso em Levítico. Cada Yom Kippur, os israelitas deveriam estar prontos a negar-se - essa era outra forma de dizer que eles estavam em jejum. O dia da expiação era o dia em que os israelitas eram corporativamente purificados de seus pecados. O jejum era uma lembrança humilhante da gravidade do pecado. É claro, os reis poderiam convocar o povo a jejuar em ocasiões especiais, quando as situações exigiam. Mas o único jejum ordenado  foi no Yom Kippur, o Dia da Expiação.

Agora quando voltamos para Marcos 2, é óbvio que não é o Yom Kippur.
 Então porque é que os seguidores de João e os fariseus estavam em jejum? Durante o tempo entre o Antigo Testamento e o Novo Testamento, o que chamamos de período intertestamentário o caráter e a frequência do jejum começou a mudar. No Antigo Testamento, o jejum era apenas  um dia por ano ou conforme ordenado para tempos de crise. Ele estava ligado com a humildade que  mostrava um coração contrito. Mas no período intertestamentário, com o surgimento deste grupo religioso (fariseus), o jejum tornou-se algo que tinha de ser feito, pelo menos, duas vezes por semana. Se você quisesse ser um bom judeu, você tinha que jejuar às segundas e quintas-feiras. Além disso, este jejum tornou-se uma maneira de ganhar algo de Deus - foi considerado meritório. Quando jejuavam, não era apenas para ser um bom judeu, mas também para tentar ganhar o favor de Deus. Agora, é claro, nada disso foi ordenado ou ensinado nas Escrituras. Isso era algo que tinha se desenvolvido e adicionado além do que a Escritura ensina. Logo foi dado como certo que, se você fosse um judeu religioso sério, isso é o que você faria. É por isso que os discípulos de João e os dos fariseus estavam jejuando. Isto é o que eles fizeram, como “bons” judeus.

Esta expectativa foi o que levou a questão no versículo 18. Na passagem anterior, nos versículos 13-17, os fariseus não falaram diretamente com Jesus.
 Mas aqui, quem está fazendo a pergunta, fala diretamente com ele. Parece ser uma questão genuína, não o tipo de pergunta sarcástica velada que foi feita no versículo 16. Algumas pessoas estão genuinamente perplexas com o fato de que Jesus e seus discípulos parecerem não caber na imagem de bons judeus. Então, eles fazem essa pergunta sincera, " Por que jejuam os discípulos de João e os dos fariseus, e não jejuam os teus discípulos?”



O Senhor Jesus responde esta pergunta com três ilustrações.
 Vejamos cada uma delas, por sua vez. Nos versículos 19 e 20, ele usa a ilustração de uma festa de casamento. Quando ele faz isso, ele responde a sua própria pergunta. No original, ele está claramente fazendo  uma pergunta retórica - é óbvio que a pergunta espera uma resposta negativa. Algo como, "Não é possível, não é, os convidados do noivo jejuar enquanto está com eles?" Quando você está em uma festa de casamento ou em uma festa, seria completamente inadequado  alguém  estar em jejum. A festa é um momento de alegria - o jejum está ligado com tristeza e  luto. A festa é um momento para comer e beber, o jejum não tem lugar em uma festa! No mínimo, seria altamente incomum  alguém fazer isso, chega a ser indelicado. Enquanto o noivo está lá, os convidados vão comemorar.

Depois, no versículo 20, o Senhor Jesus diz que o tempo virá em que o noivo será tirado - que será um momento oportuno para o jejum.
 Nós vamos voltar a esse versículo em poucos minutos.

Vamos continuar com as outras duas ilustrações.
 No versículo 21, o Senhor usa a ilustração de um pedaço de pano. Ele diz que ninguém pega um pedaço de pano novo e usa-o para uma correção em um velho pedaço de roupa. Se você fizer isso você só vai de mal a pior. Você vê a questão: o que é apropriado? O que se encaixa?. Assim como pano novo é impróprio para remendar roupa velha, então o jejum é inadequado para uma festa de casamento.

No versículo 22, ele usa a ultima ilustração.
 Desta vez é uma imagem do vinho e os odres. Quando vinho fermenta, ele libera gases que exercem pressão sobre qualquer recipiente onde ele estiver. Odres eram sacos de couro usados ​​para armazenar vinho. Se você tomar um odre velho e colocar vinho novo nele, o vinho novo com seus gases irá expandir o odre velho e ele irá estourar. Em outras palavras, aqui também é uma questão do que é apropriado. Vinho novo exige odres novos, assim como pano novo exige roupas novas e uma festa de casamento exige festa.

Era apropriado que os discípulos de Jesus se deleitassem enquanto ele estivesse com eles.
 Isto é totalmente adequado e apropriado para este momento especial na história. Com ele na terra, os seus discípulos não podiam se entristecer. Sua presença é como a de um noivo em sua festa de casamento. Esta é a jubilosa festa da salvação prometida - como alguém poderia estar triste neste momento? Isso simplesmente não se encaixa!

Mas o Senhor Jesus diz que haverá um tempo que o jejum será adequado.
 Isso nos traz de volta ao versículo 20: " Mas dias virão em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão naqueles dias”  A questão para nós agora, é descobrir o que  desta vez  Cristo estava falando. O dia que os discípulos jejuariam é hoje ou ele tem outra coisa em mente?

Para responder a isso, temos que lembrar a natureza e o caráter do jejum.
 Uma pessoa não faz jejum, porque ele ou ela está cheia de alegria. No Antigo Testamento, o jejum está ligado com tristeza e luto, e, especialmente, o luto sobre algum pecado grave ou a morte de um ente querido. Tendo em conta o tipo de contexto para esta prática, não podemos deixar de pensar na morte do Senhor Jesus. Na verdade, a maioria dos comentaristas irá dizer-lhe que isto é definitivamente o que Jesus estava se referindo. O tempo de jejum viria quando ele morresse por nossos pecados, e quando ele estivesse na sepultura. E com certeza, quando lemos sobre os discípulos durante os três dias que ele esteve na sepultura, temos a sensação de que eles estavam muito tristes. Embora que não tenha dizendo nas Escrituras que eles estavam em jejum, era comum para os judeus espontaneamente jejuarem durante momentos de tristeza. Assim, esperamos que os discípulos do Senhor Jesus estivessem jejuando durante este tempo.

No entanto, como todos sabemos, ele não permaneceu na sepultura.
 No terceiro dia, ressuscitou dentre os mortos. Ele se juntou a seus discípulos mais uma vez e eles estavam contentes em vê-lo! Em João 21 diz que ele comeu com eles. Ele permaneceu com eles por 40 dias e ensinou-lhes. Em seguida, ele subiu ao céu. Mas a segunda partida não foi como a primeira. Ele deixou seus discípulos com promessas - a promessa do derramamento do Espírito Santo. Ele prometeu-lhes que ele estaria sempre com eles. Ele prometeu que voltaria. E é por isso que, depois de sua ascensão, Lucas nos diz que os apóstolos voltaram para Jerusalém com grande alegria e eles estavam no templo constantemente louvando a Deus. Aqui também, isso não era um momento para o jejum, mas um tempo de alegria e festa.

Os crentes reconheceram que, mesmo que ele estivesse presente com eles através do seu Espírito Santo, havia um sentido em que o noivo tinha sido tirado deles em sua ascensão.  Quando se trata da presença do noivo, há um "já ... mas ainda não." Isso é parte da razão pela qual, eventualmente, vemos a presença do jejum na igreja primitiva. Vamos colocar isso de uma maneira que fala para nós hoje. Hoje, temos a presença de Cristo através do Espírito Santo. Ele é o nosso Emanuel, Deus conosco. Vivemos depois do Pentecostes com todas as suas bênçãos. Não vamos desvalorizar isso. É uma coisa verdadeira e reconfortante saber e crer que Cristo está conosco. No entanto, também temos de reconhecer a realidade de que a festa do casamento do Cordeiro ainda não chegou. A realidade é que nossas vidas são um “passo a frente e um passo atrás”. Uma semana, estamos comemorando um aniversário e na outra semana estamos em um funeral. Um vai e vem. Um tempo de alegria e um tempo de choro. Um tempo de se alegrar e um tempo de jejuar. Essa é a natureza da época em que vivemos. Eu queria que fosse uma simples questão de dizer: hoje é o momento de regozijo, porque o noivo está com a gente. Mas essa não é a imagem completa. A realidade é que, hoje, para os cristãos, há também momentos adequados para o jejum. A realidade é que o noivo ainda não está conosco no sentido mais completo que ele prometeu em sua Palavra. Nós temos um desejo do seu retorno, e vivemos neste mundo quebrado e triste, neste vale de lágrimas. Então, hoje é o tempo de se alegrar, mas é também de jejuar.


A única coisa que precisa ficar claro é que não existe nenhum comando na Escritura para nós, como crentes do Novo Testamento para jejuar.
 Este texto não nos manda jejuar. Cristo não está dizendo que você deve jejuar. Isso é importante para que todos possam entender. Repito: a Bíblia não nos manda jejuar.

Na verdade, existem algumas pessoas que definitivamente não devem jejuar.
 Pense, por exemplo, quem é diabético de diferentes formas e em diferentes graus; jejum por qualquer período significativo de tempo pode ser fatal. Pense também naqueles que têm lutado com transtornos alimentares. O jejum pode mergulhá-lo de volta para padrões bulímicos ou anoréxicos de comer. Isso é algo que cada crente tem que considerar para si mesmo. Se o nosso jejum é descuidado, é proibido. Na verdade, o jejum pode ser até pecaminoso.

Mais uma vez, a Bíblia não ordena o jejum.
 Em nosso texto, o Senhor Jesus espera que a hora virá, quando seus seguidores jejuarão. Mas ele não os manda jejuar. O Senhor Jesus é discreto e cuidadoso nesta área e devemos segui-lo. Temos a liberdade de jejuar, e muitas vezes nós vamos fazer isto espontaneamente, mas não temos uma ordem. Desta forma, o jejum não é como a oração. A oração é claramente ordenada nas Escrituras. O Senhor Jesus ordenou  seus discípulos  orar. O jejum era uma expectativa, não uma ordem. Pelo que lemos aqui em Marcos, sabemos que o Senhor Jesus simplesmente sabia que seus seguidores fariam isso.

O jejum aqui tem a ver com o noivo.
 Aqui podemos pensar em Hebreus 12: 2, que fala de fixar nossos olhos em Jesus. Quando se trata de tempos de jejum,  fixamos os olhos completamente em Jesus. Isso significa que reconhecemos plenamente que o jejum não tem nada, absolutamente nada a ver com ganhar qualquer favor  de Deus através de méritos. O jejum não é categoricamente um caminho para a salvação. O jejum é simplesmente uma resposta. É algo que acontece na área da nossa santificação, onde Cristo nos leva a tristeza, a humildade e quebrantamento, sobre a presença de morte e destruição neste mundo, ou sobre a presença do pecado em nossas vidas. É algo que acontece onde Deus cria em nós um desejo mais profundo para a plenitude da nossa redenção na festa das bodas do Cordeiro. Com o jejum, somos levados a cada vez mais direcionar nossos pensamentos para o noivo e ansiar a sua vinda com as nuvens do céu.

O ensino de nosso Senhor Jesus em Mateus 6: 16-18, também precisa ser lembrado.
 Lá, ele disse ao povo de Deus que, quando eles jejuarem, Não é algo para ser anunciado - não é algo para ser dito em faixas e cartazes para que todos possam ver como você é piedoso. Não, o Senhor foi claro que o jejum, se for feito, deve ser feito em segredo.

Por fim,  precisamos lembrar que o JEJUM não é o evangelho.
  Somos ordenados a se arrepender e crer em Jesus Cristo -, encontramos a boa notícia nele. Então, o que este texto nos diz sobre aquele a quem somos chamados a acreditar? Bem, nós vimos que a Palavra de Deus nos lembra de que o noivo foi tirado de seus discípulos. Ele morreu para que pudéssemos viver.

Vimos também que o Senhor também lhe diz aqui que ele foi levado aos céus.
 Ele está no céu neste exato momento. Ele está intercedendo por você à destra do trono de Deus. Ele é o seu Mediador, que fala por você e defende você! Você está em segurança em seus cuidados eterno.

Nosso texto também nos ensina que ele está voltando.
 Ele vai voltar. O jejum não terá lugar qualquer no mundo vindouro. Todas as nossas esperanças, sonhos e expectativas serão cumpridos quando o noivo entrar no salão de banquetes para participar da grande festa com a sua noiva. Então, iremos festejar sempre. Que dia glorioso será!