sexta-feira, 18 de abril de 2014

O VERDADEIRO SENTIDO DA PÁSCOA


 Hoje acordei, mais do que nunca, lembrando de todo o processo de sofrimento do Senhor Jesus Cristo. Gostaria de compartilhar com vocês, resumidamente, algumas cenas daquele dia. Dia de sofrimento, dor e tristeza; todavia, aquele foi o dia da nossa eterna vitória; o dia da nossa salvação!

Não vou me preocupar em dar todos os detalhes. Mas apenas expor as lembranças que dominam minha mente [e aquecem meu coração] nesse exato momento.



Então um dos doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os príncipes dos sacerdotes,
E disse: Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei? E eles lhe pesaram trinta moedas de prata,
E desde então buscava oportunidade para o entregar.
Mateus 26:14-16



Judas Iscariotes era um dos doze. Silencioso em quase todas as narrativas bíblicas, geralmente abria a boca para expressar aquilo que preenchia o seu coração: avareza: "Então, um dos seus discípulos, Judas Iscariotes, filho de Simão, o que havia de traí-lo, disse:
Por que não se vendeu este ungüento por trezentos dinheiros e não se deu aos pobres?
Ora, ele disse isto, não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era ladrão e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava."
João 12;4-6


Creio que Judas não acreditava no senhorio messiânico de Jesus, visto que ele nunca o chamou Senhor; preferia usar o termo "Rabi", que significa mestre. Para Judas, Jesus era apenas um professor. Mas Judas não aprendeu nada.

A responsabilidade da traição é de Judas mas tudo isso aconteceu para que se cumprisse os desígnios eternos de Deus.

Há alguns versículos do Velho Testamento que apontam para a traição, alguns mais especificamente do que outros, veja dois a seguir:

Até o meu próprio amigo íntimo em quem eu tanto confiava, e que comia do meu pão, levantou contra mim o seu calcanhar”(Salmo 41:9, veja sua realização em Mateus 26:14, 48-49). Também: “E eu lhes disse: Se parece bem aos vossos olhos, dai-me o que me é devido; e, se não, deixai-o. Pesaram, pois, por meu salário, trinta moedas de prata. Ora o Senhor disse-me: Arroja isso ao oleiro, esse belo preço em que fui avaliado por eles. E tomei as trinta moedas de prata, e as arrojei ao oleiro na casa do Senhor” (Zacarias 11:12-13, veja a realização dessa profecia em Mateus 27:3-5). Essas profecias do Velho Testamento indicam que Deus já sabia da traição de Judas e que Ele já tinha planejado soberanamente a forma pela qual Jesus iria morrer.


A SANTA CEIA


E, quando comiam, Jesus tomou o pão, e abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo.
E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos;
Porque isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados.
E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide, até aquele dia em que o beba novo convosco no reino de meu Pai.
Mateus 26:26-29

Tudo havia sido preparado. Jesus e os doze sentam ao redor da mesa para comerem a páscoa. Um assunto não muito comum é trazido à tona pelo Mestre: E, comendo eles, disse: Em verdade vos digo que um de vós me há de trair. Mateus 26:21
Todos se espantam e duvidosos, perguntam quem seria o traidor. Jesus já sabia. Judas, o traidor, também. Jesus anuncia quem seria o traidor dando-lhes um sinal (Mt 26:23-25). Após esse anúncio tenso, Jesus serve a ultima ceia, mesmo com o traidor à mesa. O corpo e sangue de Jesus, simbolicamente representados pelo pão e pelo vinho, naquele momento estava selando a comunhão de onze deles e a condenação daquele que haveria de o trair.

Depois de Jesus expor o que aconteceria, e dizer que todos se escandalizariam dele, Pedro diz que nunca se escandalizaria de Cristo. Jesus diz à Pedro que o mesmo o negaria mas Pedro não concordo com o Mestre e declara: Ainda que me seja mister morrer contigo, não te negarei. E todos os discípulos disseram o mesmo. Mateus 26:35

Pobre e precipitado Pedro...
Mal sabia o que estava para acontecer.

GETSEMANI

E, indo segunda vez, orou, dizendo: Pai meu, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade. Mateus 26:42

Fico imaginando o quão tenso foi aquela noite. A angustia que estava pairando sobre aquele lugar. Jesus então sofre de hematidrose (Um fenômeno raríssimo. Uma fraqueza física excepcional onde o corpo inteiro dói, acompanhada de um abatimento moral violento causada por uma profunda emoção, por um grande medo. Apenas um ato destes pode causar o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas onde o suor anexa-se ao sangue formando tal fenômeno. A hematidrose pode ser mais entendida com uma transpiração de sangue acompanhada de suor.)

Qual o motivo de tanto medo para o Filho de Deus? Será que era medo do quanto ele apanharia? Tenho certeza que todo o sofrimento que Jesus teve nas mãos dos soldados, seria o motivo suficiente para tamanho medo. Mas desconfio que "o cálice" que Cristo temeu não foi o cálice das chicotadas, dos espinhos, da lança. O cálice que Cristo temeu foi A MÃO DO PAI TODO PODEROSO ESMAGANDO-O. O profeta já havia dito: Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão. Isaías 53:10

Os pecados de todos os eleitos estavam sendo no Filho, castigados brutalmente pelo Pai Onipotente.



Naquela noite Jesus foi traído pelo seu discípulo. Um beijo selou a traição. Estava se cumprindo todas as profecias vétero-testamentárias à respeito da traição. O Bom Mestre fora vendido por míseras 30 moedas. Aproveito para lembrar quantos discípulos nos nossos dias tem vendido o Mestre em seus púlpitos. Judas foi apenas o primeiro a fazer a prática mais comum dos midiáticos pregadores atuais.


PEDRO NEGA A JESUS


Pedro sempre falou demais. Era espontâneo. Dizia aquilo que vinha em mente, sem se importar com a veracidade de suas afirmações.
Jesus tinha dito que Pedro o negaria. Pedro disse que nunca faria tal coisa. Pelo contrário, morreria por Cristo se fosse preciso. Como sempre, a razão estava nos lábios do Mestre:

Ora, Pedro estava assentado fora, no pátio; e, aproximando-se dele uma criada, disse: Tu também estavas com Jesus, o galileu.
Mas ele negou diante de todos, dizendo: Não sei o que dizes.
E, saindo para o vestíbulo, outra criada o viu, e disse aos que ali estavam: Este também estava com Jesus, o Nazareno.
E ele negou outra vez com juramento: Não conheço tal homem.
E, daí a pouco, aproximando-se os que ali estavam, disseram a Pedro: Verdadeiramente também tu és deles, pois a tua fala te denuncia.
Então começou ele a praguejar e a jurar, dizendo: Não conheço esse homem. E imediatamente o galo cantou.
E lembrou-se Pedro das palavras de Jesus, que lhe dissera: Antes que o galo cante, três vezes me negarás. E, saindo dali, chorou amargamente. Mateus 26:69-75

MOMENTOS FINAIS

Jesus já estava sofrendo nas mãos dos homens. Começaram os interrogatórios, os socos, cuspidas, insultos. Judas, cheio de remorso, suicidou-se. Pedro negou conhece-lo. Os outros discípulos sumiram. Ele foi rejeitado quando Pilatos coloca nas mãos do povo o poder de conceder liberdade a um dos dois prisioneiros ali presente. O povo preferiu um bandido perigoso - Barrabás.
Coroa de espinhos foi colocada na cabeça do Rei dos reis. Quantos insultos! Quanta humilhação! 
Sua condenação era a cruz. Sua bebida obrigatória: vinagre com fel. 
Já na cruz de sua morte, era insultado, zombado. Nu e muito ferido, estava sendo ridicularizado. Mas ainda naquela rude cruz, salvou a alma de um ladrão que estava prestes a morrer.



E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito.
E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras;
E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados;
E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos.
E o centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto, e as coisas que haviam sucedido, tiveram grande temor, e disseram: Verdadeiramente este era o Filho de Deus. Mateus 27:50-54 

Sim, Ele é o Filho de Deus! O Cordeiro santo que tira o pecado do mundo! 

O Pai esmagou o seu Filho na cruz para saciar a sua justiça.

Nós merecíamos o inferno, a dor eterna e todo sofrimento possível porque éramos por natureza inimigos de Deus. Mas Deus envia o seu único Filho para sofrer em nosso lugar.

Quanto amor! Não há amor como este! 
Que Deus seja louvado eternamente! 
Ele nos salvou e hoje não há condenação para os que vivem em Cristo Jesus.

Essa é a verdadeira páscoa! Cristo humilhado, insultado, morto por nós.

O mundo quer tirar o foco da cruz. Deu á um coelho a glória que é de Jesus. Deu ao chocolate o domínio que é do sangue de Cristo.

Não continue a viver como se não houvesse Cristo.

Se arrependa dos seus pecados e viva para exaltar e anunciar tudo o que Jesus fez por nós!

Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.
Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.
Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.
Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca.
Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; pela transgressão do meu povo ele foi atingido.
E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte; ainda que nunca cometeu injustiça, nem houve engano na sua boca.
Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão. Isaías 53:3-10


Bruno Fernandes





terça-feira, 15 de abril de 2014

A VERDADEIRA CONSAGRAÇÃO

Neste pequeno artigo, quero falar sobre a verdadeira consagração, tendo por base, o texto de Romanos 12:1-2.
Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus. Romanos: 12. 1,2

Primeiramente, consagração nada tem a ver com Jejum. Jejum é um ato, "sacrifício" que nós fazemos em adoração a Deus (este é o proposito do jejum); mas consagração refere-se a nossa vida diária, totalmente controlada, consagrada e cheia do Espirito Santo (Ef 5:18).
Com base nestes versículos (Romanos 12:1-2), destaco alguns pontos, no que envolve uma verdadeira consagração à Deus.

 


Entregar o Corpo a Deus (V. 1)

Antes de crer em Cristo, usávamos o nosso corpo para prazeres e propósitos pecaminosos. Agora que pertencemos ao Senhor, usamos nosso corpo para a sua glória, tendo em vista o nosso corpo é o templo de Deus (1 Cor 6:19,20), onde o Espirito de Deus habita (Rm 8:9), e onde devemos glorificar e engrandecer a Cristo com ele (nosso corpo), (Fp 1:20,21). Assim como Jesus precisou ter um corpo para realizar a vontade de Deus na terra, nós devemos entregar também o nosso corpo a Cristo, para que por meio dele, a obra de Deus possa ser efetuada (em nós e por nós). Usando todos os nossos membros do corpo como "INSTRUMENTOS DE JUSTIÇA"(Rm 6:13) para o Espirito Santo realizar sua boa obra.

Temos que apresentar o nosso corpo como sacrifico vivo - Há dois "sacrifícios vivos" na Bíblia que ajudam a entender o significado disto. O primeiro é Isaque (Gn 22); e o segundo é o nosso Senhor Jesus Cristo. Isaque colocou-se a vontade de Deus por obediência, e "morreu" para si mesmo, quando sem duvidas ou questionamentos, obedeceu a seu pai. E então, quando saiu do altar ele era um "sacrifício vivo" para a glória de Deus. E Cristo, também por obediência, se entregou por nós, morreu, mas ressuscitou, e é um "sacrifício vivo" levando ainda em seu corpo as marcas do Calvário.
A verdadeira consagração, consiste também no que já foi relatado, entregar o seu corpo ao Senhor, de maneira que para você, nada seja mais valioso, do que seguir a Cristo, e morrer por ele todos os dias. É negar a si mesmo, é tomar a sua cruz, antes que receba a coroa da vitória.
Por isto Paulo apresenta motivos para a consagração:
1- É a atitude certa diante de tudo que Deus fez por nós "misericórdias de Deus...."
2- Esta entrega é o nosso culto racional, ou nossa "adoração espiritual"; significa que quando consagramos nosso corpo ao Senhor, cada dia é uma experiencia de adoração.

Entregar a mente a Deus (V. 2a)



O mundo quer controlar nossa mente, mas Deus quer transformá-la (Ef 4:17-24: Cl 3:1-11). O termo traduzido por TRANSFORMAR neste versículo, é o mesmo usado em Mateus 17:2 "Transfigurar". Que em nossa língua, traduz-se por "metamorfose", que descreve uma mudança que ocorre de dentro para fora. O mundo deseja mudar nossa mente, e então exerce pressão externa. Mas Deus transforma a nossa mente com poder interior. Se o mundo controlar a nossa maneira de pensar, seremos conformados, mas se Deus controla nossa mente, somos transformados (Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra; Colossenses 3:2)

A consagração também envolve a nossa maneira de pensar e agir. Se formos iguais ao "mundo", nós estaremos se conformando ao mundo, e não se consagrando ao Senhor.

Poderia continuar comentando este versículo, mas diante do conteúdo já exposto, acrescento dizendo que :
Consagração é um ato gradativo (tal como a santificação - até mesmo sinônimo dela), onde cada dia somos controlados por Deus, vencemos os desejos da carne, o mundo e o diabo. Onde colocamos a nossa vida todos os dias, à disposição do Senhor. Consagração implica em separação. É fazer a vontade de Deus. E tudo isto também é obra Soberana e da graça de Deus; não excluindo a nossa responsabilidade, como já exposto.


Hamiltom Freire

sábado, 12 de abril de 2014

RAPPERS CALVINISTAS

Todo mundo sabe que a minha teologia é reformada e que me identifico com os ensinamentos do reformador Francês João Calvino, e que amo as doutrinas da graça. Todos também sabem que sou apaixonado por uma boa música e que não vejo nenhum problema, como também não enxergo nenhum pressuposto bíblico que me impeça de louvar a Deus com os mais variados ritmos. (Ainda que considere de péssimo mal gosto ritmos como o funk e o pagode).
No meu ponto de vista acredito que da Bossa Nova ao Rock, do merengue ao samba, do tango ao rap, todo ritimo musical pode ser considerado bom e serve para louvar ao Criador.
 Hoje no Bereianos eu vi um vídeo que me chamou a atenção. O Video mostra um maravilhoso rap cuja letra trata especificamente da fé reformada.
 Pois é, os chamados rappers calvinistas possuem várias músicas gravadas que incluem referências diretas aos escritos de teólogos como John MacArthur, John Piper, CJ Mahaney, entre outros.
Curtis “Voice” Allen (um dos rappers calvinistas) chegou a gravar no ano passado um rap sobre o Catecismo de Heidelberg, importante documento e declaração de fé reformada criado em 1563. Mas Curtis não está sozinho. Talvez o mais famoso desses “ministros do rap” no momento seja Lacrae (foto), é co-fundador da Reach Records (o selo dos rappers reformados) e líder do ministério Reach Life. Ele tem chamado atenção de meios seculares como a MTV e foi indicado ao Grammy este ano.
Some-se a esta lista Trip Lee, Sahi Linne, Flame, que também usam rimas rápidas e batidas compassadas para fazer verdadeiros sermões em forma de rap. Afinal, muitos estão acostumados a pregar com regularidade em suas igrejas.
Embora esses raps ainda estejam longe de serem adotados durante o período de louvor das igrejas reformadas, tem o apoio de teólogos como D. A. Carson e Anthony Bradley.
O mais surpreendente é ver que esse movimento parece ter influenciado rappers não são cristãos a gravarem músicas falando sobre questões teolígicas, como fez Rhymefest. Algo impensável um tempo atrás já que os grandes nomes do movimento hip hop ficaram conhecidos por suas letras que fazem apologia a violência, sexo, crime e uso de drogas.
Pois é cara pálida, isso é que eu chamo de relacionamento com a cidade e com a cultura.
Renato Vargens


Fonte: http://renatovargens.blogspot.com.br/2011/05/rappers-calvinistas.html

terça-feira, 8 de abril de 2014

SUBMISSÃO DA MULHER À LUZ DA BÍBLIA





Em nossos dias, onde as mulheres tem tido cada vez mais espaço na sociedade e, os movimentos feministas só fazem crescer; então a palavra "SUBMISSÃO" faz muita gente ficar nervoso, com o sangue fervendo.
Diante disto quero tratar neste breve artigo, este assunto tão necessário.




A passagem base que quero usar é 1 Timóteo 2:9-15.



Alguns acusam Paulo de ser machista: "um velho rabugento" que se opunha as mulheres; um "recalcado". No entanto, os que crêem na inspiração e autoridade da Bíblia como sendo a infalível Palavra de Deus, sabem que os ensinamentos contido nesta e em outras passagens, não vem do Apostolo Paulo, mas de Deus. Ou seja, na verdade, não é dos ensinamentos de Paulo que eles não gostam ( nem de Pedro- 1 Pe 3:1-7) mas de Deus, que revelou sua Palavra (2 Tm 3:16,17).
O termo traduzido em 1 Tm 2:11 por SUBMISSÃO, é traduzido também em outras versões como SUJEIÇÃO, que é a mesma palavra usada em Ef 5:21. E significa literalmente "estar em uma posição abaixo dentre uma hierarquia". Por exemplo: Quem já serviu á pátria, por meio de forças militares, sabe que existem hierarquias. O coronel tem mais autoridade que o soldado, óbvio. Mas isto não significa que o coronel seja mais digno do que o soldado. De maneira nenhuma! Ele apenas tem mais autoridade por causa da sua posição.




"Tudo porém, seja feito com ordem e decência" (1 Cor 14:40): este é o principio regulador de Deus em sua criação. Do mesmo modo, se não fosse a hierarquia, haveria confusão nas forças militares, empresas e etc; quanto aos níveis de autoridade. A sociedade seria caótica, se não houvesse submissão das partes de alguns. Os filhos devem se sujeitar aos pais, pois DEUS deu autoridade aos pais para os educar e quando necessário, disciplinar. Os empregados devem estar sujeitos aos seus patrões (Ef 6:6-8, a referencia imediata é a servos domésticos, mas a se aplica aos empregados). Nós temos que estar sujeitos as autoridades governamentais, mesmo que elas não sejam cristãs (Rm 13; 1 Ped 2:13-20). Perceba que SUBMISSÃO, nada tem a ver com SUBJUGAÇÃO; e em nada é humilhante. 


Submissão é reconhecer a ordem de Deus no lar e na igreja em geral. E então seguir esta ordem com amor.

A esposa cristã que se submete de bom grado ao seu esposo, pode desenvolver o que há de melhor - E, se uma mulher tem marido descrente, e ele se dispõe a viver com ela, não se divorcie dele.
Pois o marido descrente é santificado por meio da mulher, e a mulher descrente é santificada por meio do marido. Se assim não fosse, seus filhos seriam impuros, mas agora são santos. 1 Co 7:13,14 

(E o marido deve amar a esposa, e ser usado para a edificação e não destruição -Ef 5:18-33).

A submissão, é um fator primordial para o crescimento espiritual e para o ministério; o marido deve se sujeitar a Cristo; os cristãos uns aos outros (Ef 5:21), e a esposa ao marido.
Portanto, a SUBMISSÃO não é vergonhosa, mas sim honrosa, pois cumpre a boa, perfeita, e agradável vontade de Deus.
Hamiltom Freire

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segunda-feira, 7 de abril de 2014

IDOLATRIA NA IGREJA


“-Amigos, por que vocês estão fazendo isso? Nós somos apenas seres humanos, como vocês.” Atos 14.15


Quando nós ouvimos sobre idolatria, o que vem a nossa mente são ídolos de madeira, de ouro, prata, gesso, metal... Mas quero falar um pouco sobre os ídolos de carne e osso que estão dentro da igreja, entre os cristãos.




Quem são esses ídolos de carne e osso que são tão reverenciados pela igreja? 
São os mesmos que fazem parte dela: pastores, pregadores, músicos...





Recentemente, enquanto explicava sobre os dons do Espírito Santo, o bispo Walter McAlister citou sobre um amigo almejar um “terno cor de laranja” como o que o Benny Hinn usava, e até mesmo imitar os movimentos dele. Foi engraçado, mas é o que acontece muito por aí.  

Hoje em dia parece que há uma “escola” de pregadores. Pois eles quase sempre agem da mesma forma. Usam os mesmo efeitos para fazer a tal “voz de metaleiro”, chamam a atenção da igreja como se estivesse chamando um gatinho: “eeeei, psiiiiu!”, acham que nós não pedimos ao Espírito Santo entendimento e discernimento: “nããao, você ainda não entendeu!”, sempre testam a plataforma do púlpito batendo com um dos pés no chão...
Me diga: há uma escola de pregadores por aí ensinando como agir durante uma pregação/sermão ou isso se chama IDOLATRIA?



Nem vou dizer o quanto essas coisas são desnecessárias e, que formam a boa parte de animadores de auditório que usam terno e gravata com a Bíblia debaixo do braço.
Mas o que faz isso se espalhar como uma doença contagiosa entre o povo de Deus? O cristão olhar alguém e dizer: “Eu também quero ser como ele. Agir como ele. Falar como ele. Usar as mesmas roupas que ele. Ter o mesmo poder que ele."
Ah, por favor! Imitar a Jesus todo mundo acha difícil, não é? Mas fazer malabarismo, dar cambalhotas e piruetas no púlpito acham tão fácil!
E há tantos músicos por aí que fazem do louvor a Deus uma profissão/carreira... Não sei o que é mais grave: os “levitas” (que o leitor saiba o que é verdadeiramente um levita) que buscam fama e idolatria ou os “fãs gospel” que os idolatram e buscam segui-los como uma sombra.

“Não busque ser um pregador famoso; não busque ser conhecido; busque caráter, busque ser igual a Cristo.” Paul Washer.

 Acima, uma imagem de escultura feito de algodão.

Isabel Vizzoni





Para meditação: Atos 14.8-20

E estava assentado em Listra certo homem leso dos pés, coxo desde o ventre de sua mãe, o qual nunca tinha andado.
Este ouviu falar Paulo, que, fixando nele os olhos, e vendo que tinha fé para ser curado,
Disse em voz alta: Levanta-te direito sobre teus pés. E ele saltou e andou.
E as multidões, vendo o que Paulo fizera, levantaram a sua voz, dizendo em língua licaônica: Fizeram-se os deuses semelhantes aos homens, e desceram até nós.
E chamavam Júpiter a Barnabé, e Mercúrio a Paulo; porque este era o que falava.
E o sacerdote de Júpiter, cujo templo estava em frente da cidade, trazendo para a entrada da porta touros e grinaldas, queria com a multidão sacrificar-lhes.
Ouvindo, porém, isto os apóstolos Barnabé e Paulo, rasgaram as suas vestes, e saltaram para o meio da multidão, clamando,
E dizendo: Senhores, por que fazeis essas coisas? Nós também somos homens como vós, sujeitos às mesmas paixões, e vos anunciamos que vos convertais dessas vaidades ao Deus vivo, que fez o céu, e a terra, o mar, e tudo quanto há neles;
O qual nos tempos passados deixou andar todas as nações em seus próprios caminhos.
E contudo, não se deixou a si mesmo sem testemunho, beneficiando-vos lá do céu, dando-vos chuvas e tempos frutíferos, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações.
E, dizendo isto, com dificuldade impediram que as multidões lhes sacrificassem.
Sobrevieram, porém, uns judeus de Antioquia e de Icônio que, tendo convencido a multidão, apedrejaram a Paulo e o arrastaram para fora da cidade, cuidando que estava morto.
Mas, rodeando-o os discípulos, levantou-se, e entrou na cidade, e no dia seguinte saiu com Barnabé para Derbe.



quinta-feira, 3 de abril de 2014

BEM-AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS


Misericordia1Um homem matou a facadas a tia, o primo e a prima de 12 anos. Esta última com 30 punhaladas. Preso, o triplo assassino caiu em lágrimas durante o interrogatório, confessou o crime e falou que simplesmente não sabia por que tinha feito aquilo. Ouvi quando ele disse “eu não quero ser preso, porque, senão, vou morrer na prisão e vou para o inferno. E não quero arder no fogo do inferno!”. Que cena. Que tragédia. Que tristeza. Mas houve algo que me chamou a atenção em meio a tudo isso. Assim que, aos prantos, ele fez essas afirmações, a delegada responsável pelo caso disparou um comentário: “Ele não teve misericórdia e agora quer que tenham misericórdia dele, que absurdo…”. Peraí. Há algo estranho com essa frase. Uma contradição que ficou martelando em minha cabeça. Reflitamos um pouco sobre misericórdia, um dos conceitos mais fundamentais da fé cristã.
Não vou entrar pelo mérito daquele crime em si. Foi tão abominável que dispensa comentários. Mas a questão da misericórdia bateu em meu peito como 30 facadas. Repare bem as palavras da policial. Ela está condicionando o recebimento de misericórdia à prática de misericórdia. Em outras palavras, “é dando que se recebe”. Só que esse pensamento contraria frontalmente o evangelho, conforme disse o próprio Jesus: “Há maior felicidade em dar do que em receber” (At 20.35). Aquela delegada não compreende o sentido de misericórdia – nem de longe.
Também conhecida como “compaixão” ou “piedade”, misericórdia significa dar a alguém algo que não merece. É o contrário de “justiça”, que é dar a alguém algo que merece. Cristo deu exemplos contundentes do que isso significa. Veja o caso da mulher adúltera. Pela Lei judaica, ela deveria ser apedrejada até a morte. Isso seria justo. Era o que ela merecia. Mas Jesus preferiu não agir com justiça, mas com misericórdia, e deu a ela o que aquela mulher não merecia:“Eu também não a condeno. Agora vá e abandone sua vida de pecado” (Jo 8.11). Sim, Jesus foi misericordioso e a perdoou. Foi magnânimo. Foi divino. E não só pregou de púlpito sobre misericórdia: ele agiu conforme pregou.
Outro exemplo de Cristo é a parábola do servo impiedoso (repare no termo, “impiedoso”, ou seja, “sem piedade”, “sem misericórdia”). Sei que você já a leu inúmeras vezes, mas, se puder, por favor, leia novamente: Misericordia2“Então Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: ‘Senhor, quantas vezes deverei perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?’ Jesus respondeu: ‘Eu lhe digo: Não até sete, mas até setenta vezes sete. Por isso, o Reino dos céus é como um rei que desejava acertar contas com seus servos. Quando começou o acerto, foi trazido à sua presença um que lhe devia uma enorme quantidade de prata. Como não tinha condições de pagar, o senhor ordenou que ele, sua mulher, seus filhos e tudo o que ele possuía fossem vendidos para pagar a dívida. O servo prostrou-se diante dele e lhe implorou: ‘Tem paciência comigo, e eu te pagarei tudo’. O senhor daquele servo teve compaixão dele, cancelou a dívida e o deixou ir.
“Mas quando aquele servo saiu, encontrou um de seus conservos, que lhe devia cem denários. Agarrou-o e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Pague-me o que me deve!’ Então o seu conservo caiu de joelhos e implorou-lhe: ‘Tenha paciência comigo, e eu lhe pagarei’. Mas ele não quis. Antes, saiu e mandou lançá-lo na prisão, até que pagasse a dívida. Quando os outros servos, companheiros dele, viram o que havia acontecido, ficaram muito tristes e foram contar ao seu senhor tudo o que havia acontecido. Então o senhor chamou o servo e disse: ‘Servo mau, cancelei toda a sua dívida porque você me implorou. Você não devia ter tido misericórdia do seu conservo como eu tive de você?’ Irado, seu senhor entregou-o aos torturadores, até que pagasse tudo o que devia. Assim também lhes fará meu Pai celestial, se cada um de vocês não perdoar de coração a seu irmão’” (Lc 18.21-35).
Claro como água. O trecho central da parábola é este: “O senhor daquele servo teve compaixão dele, cancelou a dívida e o deixou ir”. A justiça era cumprir a lei, vender os parentes do devedor como escravos e pegar o dinheiro. Justo. Mas aquele senhor não fez isso. Antes, teve compaixão dele. E, com isso, cancelou a dívida e o deixou ir. Isso é misericórdia: cancelar a dívida.
Misericordia3Quando eu e você fomos chamados pela graça de Deus, ele cancelou nossa dívida. Zero. Misericórdia em ação. A justiça exigia que eu ardesse no fogo do inferno, como aquele triplo assassino lembrou muito bem. Você também. Toda a humanidade, sofrendo pela eternidade distante do Criador. Mas, então… um Cordeiro é agarrado, surrado, cuspido, humilhado e levado ao matadouro. Ali, o holocausto oferecido numa cruz pinga sangue. E quando sai da sepultura, a terra treme com um som que diz: “Recebam minha misericórdia!”.
Ao contrário de Cristo, hoje muitos cristãos pregam sobre piedade mas não a vivem em suas vidas. Amam a misericórdia da boca para fora, mas não a praticam em suas ações. Agem exatamente como aquela delegada.
O grande erro daquela policial foi crer que misericórdia é algo que se merece. É exatamente o contrário. Misericórdia só existe quando não há absolutamente nenhum merecimento. Aquele assassino cruel vai cumprir a justiça humana e ficará preso, possivelmente até o fim de sua vida. Ele merece isso. É justo. Mas, se, em algum momento dos anos que lhe restam, o homem que chacinou a própria família sem misericórdia alguma vier a ser tocado pela graça do Cordeiro, prostrar seu espírito de joelhos e pedir a Deus perdão sincero pelos seus pecados… ele alcançará misericórdia. E irá para o céu.
Vivemos dias em que há tanta iniquidade ao redor que o nosso senso de justiça clama por punição. Só que repare uma coisa: Jesus não disse “bem-aventurados os justos”, tampouco “bem-aventurados os que cumprem a lei”. Ele afirmou: “Bem-aventurados os misericordiosos” (Mt 5.7). Essa ênfase não quer dizer, é claro, que justiça e o cumprimento da lei não importam. Claro que importam. São fundamentais e indispensáveis. Mas, se o Senhor enfatizou a misericórdia, isso nos leva a uma reflexão. Será que ela não tem mais peso? Será que ela não recebeu essa menção especial porque Deus a considera especial? “Desejo misericórdia, e não sacrifícios” (Os 6.6), diz o Senhor.
Acredito que Deus ama os justos. Mas ouso especular que ele tem um olhar diferente sobre os misericordiosos.
Sejamos bem-aventurados. Tenhamos um coração mais perdoador, compassivo, piedoso, misericordioso. Essa, meu irmão, minha irmã, é a única forma de termos um coração como o de Jesus.
Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Maurício Zágari
Texto extraído do blog Apenas // http://apenas1.wordpress.com/2014/04/03/bem-aventurados-os-misericordiosos/